Economia

Economistas veem melhora no próximo ano

Economistas veem melhora no próximo ano Economistas veem melhora no próximo ano Economistas veem melhora no próximo ano Economistas veem melhora no próximo ano

Brasília – O crédito para empresas tende a passar por um processo de recuperação em 2018, segundo analistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast. O desempenho, no entanto, ainda está longe do verificado nos anos anteriores à recessão de 2015-2016.

O economista João Morais, da Tendências Consultoria Integrada, projeta que as concessões de crédito livre para empresas encerrarão 2017 com retração de 5,8%. Em 2018, com a economia brasileira apresentando crescimento mais vigoroso, as concessões aumentarão 7,5%.

No caso do crédito para capital de giro – o mais importante para as pessoas jurídicas -, Morais estima retração de 15,2% nas concessões em 2017. No próximo ano, a projeção é de crescimento de 13%. “Crescer isso em cima de um tombo gigantesco? Não quer dizer tanta coisa”, avaliou Morais, para quem o cenário ainda é muito ruim. “Com um crescimento de 13% em capital de giro, que estamos estimando para 2018, ainda devemos ficar com um volume de concessões 60% abaixo do recorde histórico registrado em 2012”, disse o economista.

Naquele ano, as concessões de capital de giro somaram R$ 455 bilhões em termos reais (descontada a influência da inflação). Para 2018, a Tendências calcula R$ 185,6 bilhões.

“O que vai melhorar virá do consumo, da própria atividade econômica. Assim, as empresas vão precisar menos de capital de giro”, disse Lavieri, ao avaliar o cenário para as empresas. Para ele, o crédito com recursos do BNDES, que no passado teve grande importância, não deve mais ter a mesma relevância. “A redução tem a ver com correção de rumo, com nova orientação.”

Mais otimista, Angelo Corsetti, professor de finanças do Insper, defende que o cenário de crédito para empresas já vem melhorando gradativamente, até neste ano. “É claro que os bancos são sempre muito cautelosos, exigem garantias, como duplicatas, mas a propensão dos bancos em oferecer crédito tem melhorado”, afirmou. “Com a retomada do crescimento da economia, as perspectivas são favoráveis.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.