Cairo – Três jornais locais disseram nesta segunda-feira que o governo do Egito propôs a representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) um plano de reforma de 18 meses em troca de um empréstimo de US$ 12 bilhões ao longo de três anos, que teria como objetivo resguardar sua economia.
De acordo com os jornais Al-Shorouk, Al-Masry Al-Youm e Al-Watan, os dois lados ainda não se entenderam sobre detalhes da desvalorização da moeda proposta e do cronograma de implementação de reformas politicamente mais sensíveis, como a redução dos subsídios aos combustíveis, eletricidade e alimentos mais consumidos.
De acordo com esses jornais, o FMI rejeitou o pedido do governo em Cairo para postergar algumas reformas.
O Egito passa por dificuldades econômicas, entre elas a queda do turismo, a escassez de moeda forte, inflação de dois dígitos e alta do desemprego. O governo também enfrenta insurgência na península do Sinai.
A crise econômica no país tem tomado dimensões políticas com o aumento do tom das críticas sobre o presidente Abdel-Fattah El-Sissi. Para alguns, ele decidiu embarcar em custosos projetos de infraestrutura que estão drenando os parcos recursos egípcios e trazendo pouco retorno. Fonte: Associated Press.