Economia

Eletrobras avalia que não deve prosperar julgamento sobre compulsório no STJ

Eletrobras avalia que não deve prosperar julgamento sobre compulsório no STJ Eletrobras avalia que não deve prosperar julgamento sobre compulsório no STJ Eletrobras avalia que não deve prosperar julgamento sobre compulsório no STJ Eletrobras avalia que não deve prosperar julgamento sobre compulsório no STJ

A gestão da Eletrobras não acredita que, “ao final, não deve prosperar o julgamento” no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que analisa a possibilidade de a estatal dividir com a União a conta gerada por empréstimo compulsório sobre consumo de energia elétrica, disse o superintendente Jurídico da elétrica, Mauricio Mazzini. No momento, o julgamento está suspenso, por pedido de vista.

Mazzini comentou que, embora no momento os votos dados dão um resultado desfavorável à tese da Eletrobras, o executivo considera que é possível uma reversão. Ele destacou que a decisão parcial vai de encontro a um recurso repetitivo de 2009, já decidido. “(o placar do julgamento) não poderia prosperar por ofensa a recurso repetitivo… Esse recurso não tem efeito repetitivo”, afirmou.

O superintendente acrescentou que a companhia também vai trabalhar para buscar reverter os votos dados oralmente no julgamento. Na sua avaliação, alguns dos ministros podem ter sido levados a acompanhar o voto contrário à tese da Eletrobras pelo debate oral, “sem ter tido chance de aprofundar o tema”.

Histórico

A análise do caso foi iniciada em junho do ano passado, quando o relator, ministro Mauro Campbell, se posicionou contra o recurso da Eletrobras. Nesta quarta-feira, 13, ele foi acompanhado pela ministra Assusete Magalhães. O voto divergente foi proferido pelo ministro Napoleão Nunes Maia, que entendeu que a solidariedade no pagamento pela União decorre da própria legislação relativa ao caso.

É o segundo pedido de vista que interrompe o julgamento do processo no STJ. Napoleão foi responsável pela suspensão da análise no ano passado, depois do voto do relator. Desta vez, o pedido de vista foi feito pelo ministro Sérgio Kukina.

Ao final de 2018, a Eletrobras mantinha provisionados R$ 17,942 bilhões para cobrir as perdas relativas aos pagamentos deste empréstimo compulsório. O montante é superior aos R$ 16,59 bilhões anotados do ano passado.