Economia

Eletrobras seguirá responsável por Proinfa, mas deixará Luz Para Todos

Eletrobras seguirá responsável por Proinfa, mas deixará Luz Para Todos Eletrobras seguirá responsável por Proinfa, mas deixará Luz Para Todos Eletrobras seguirá responsável por Proinfa, mas deixará Luz Para Todos Eletrobras seguirá responsável por Proinfa, mas deixará Luz Para Todos

São Paulo – Mesmo depois de privatizada, a Eletrobras deverá manter os direitos e obrigações da primeira etapa do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) até a extinção dos contratos, por volta de 2028. A informação consta em documento encaminhado pelo Ministério de Minas e Energia à estatal a respeito da privatização da empresa e que se tornou público nesta quinta-feira, 30.

O Proinfa, instituído em 2002, tinha o objetivo de aumentar a participação de fontes alternativas renováveis, como pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), usinas eólicas e empreendimentos termoelétricos a biomassa, na matriz elétrica brasileira.

A energia foi contratada pela Eletrobras, mas, conforme a regulamentação que rege o programa, o custo dessa energia é pago por todos os consumidores finais – livres e cativos – do Sistema Interligado Nacional (SIN). O valor é recolhido pelas distribuidoras, transmissoras e cooperativas e repassado à estatal. Neste ano, o valor total das cotas para custeio do Proinfa soma R$ 3,3 bilhões.

Já os contratos referentes ao Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica (Luz Para Todos) deverão ficar sob os cuidados da Eletrobras somente até 31 de dezembro de 2018. O projeto de lei a ser encaminhado ao Congresso sobre a privatização da Eletrobras deve prever a definição de um novo gestor para o programa a partir de 1º de janeiro de 2019.

Mesmo antes de definir a intenção de privatizar a Eletrobras, o Ministério de Minas e Energia já vinha reduzindo as atividades da estatal para além da gestão de seus ativos, por exemplo com a retirada da administração dos fundos setoriais, desde maio operados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Conforme ficou definido, a Câmara passou a ser responsável pela administração dos recursos relacionados aos encargos Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e Reserva Global de Reversão (RGR), que juntos somam um orçamento de R$ 21,1 bilhões.

No entanto, a CCEE somente se responsabiliza pelos movimentos realizados e informações prestadas durante sua efetiva gestão. Os atos ocorridos durante a gestão da Eletrobras serão avaliados e respondidos pela própria empresa, conforme estabeleceu o decreto que formalizou a mudança, publicado no início de abril.

Além disso, contratos de financiamento com recursos da RGR celebrados até 17 de novembro do ano passado seguirão sob a responsabilidade da estatal para a devida gestão contratual, cabendo à empresa “realizar a cobrança do financiamento em conformidade com o cronograma estabelecido nas cláusulas de cada contrato” e “reembolsar à RGR (na qualidade de devedora desses contratos) os recursos referentes à amortização, à taxa de juros contratual e à taxa de reserva de crédito”.

Esta função também deve ser mantida pela Eletrobras mesmo após a privatização, conforme esclareceu o MME.