Economia

'Eletrobras tem dificuldade para cumprir plano de investimento', diz Dyogo

‘Eletrobras tem dificuldade para cumprir plano de investimento’, diz Dyogo ‘Eletrobras tem dificuldade para cumprir plano de investimento’, diz Dyogo ‘Eletrobras tem dificuldade para cumprir plano de investimento’, diz Dyogo ‘Eletrobras tem dificuldade para cumprir plano de investimento’, diz Dyogo

Brasília, 24 – A privatização da Eletrobras vai ampliar a capacidade da empresa de fazer investimentos, o que será positivo para regiões que são bases eleitorais de parlamentares, disse o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews, na noite desta quinta-feira, 24. A avaliação do ministro foi uma resposta à possibilidade de haver resistência à venda da estatal, principalmente entre políticos ligados às regiões de atuação da Chesf (Nordeste) e Furnas (Minas Gerais).

“Hoje, a Eletrobras tem dificuldade para cumprir seu próprio plano de investimentos e desenvolvimento. (Com a privatização, a) Eletrobras passa a patamar diferente para acessar recursos e investir. Isso é muito mais interessante inclusive para políticos dessas regiões”, afirmou Dyogo.

O ministro lembrou ainda que parte do dinheiro a ser obtido com a operação será investido na revitalização do Rio São Francisco. A expectativa do governo é obter um retorno bilionário com a privatização da Eletrobras, porque a empresa seria capitalizada (com recursos de investidores do mercado) e logo depois pagaria um bônus à União pela chamada “descotização” – repactuação de contratos de usinas que, com a MP 579, passaram a vender energia elétrica a valores menores do que os de mercado para reduzir a conta de luz dos brasileiros. A repactuação permitiria que a Eletrobras voltasse a comercializar essa energia a preços de mercado.

Dyogo também defendeu a decisão de privatizar a empresa como “acertada”. “O tamanho do acerto pode ser medido pelo ganho de valor de mercado”, disse, citando a valorização de quase 50% nas ações da companhia no dia seguinte ao anúncio da privatização.