Economia

Eletrobrás terá de explicar ao TCU construção de usina sem dotação orçamentária

Eletrobrás terá de explicar ao TCU construção de usina sem dotação orçamentária Eletrobrás terá de explicar ao TCU construção de usina sem dotação orçamentária Eletrobrás terá de explicar ao TCU construção de usina sem dotação orçamentária Eletrobrás terá de explicar ao TCU construção de usina sem dotação orçamentária

Brasília – O Tribunal de Contas da União (TCU) convocou o presidente do Grupo Eletrobrás, José da Costa Carvalho Neto, para que explique porque a contratação das obras da usina térmica Mauá 3, em construção no Estado do Amazonas, não foi incluída Plano Plurianual (PPA) da estatal no período 2012 – 2015.

De acordo com o TCU, em 2011 a Eletrobrás determinou à Amazonas Distribuidora de Energia, uma de suas empresas controladas, a execução das obras da usina. “Nessa ocasião, verifica-se que a referida obra não estava enquadrada no PPA 2012-2015, o que não poderia dar seu início sem essa previsão, sob pena de crime de responsabilidade”, declarou a auditoria da corte de contas. Costa Neto deve prestar seus esclarecimentos no prazo de até 15 dias. O tribunal também vai ouvir o conselheiro da Amazonas Energia Marcos Aurélio Madureira da Silva, bem como dos demais membros do conselho de administração da empresa.

À reportagem, José da Costa Carvalho Neto disse que a operação foi correta e que, no momento em que a usina foi a leilão, o PPA já estava fechado. “Vamos explicar em detalhes, tranquilamente. Tratava-se de um empreendimento prioritário. Logo em seguida ele entrou no PPA, com remanejamento do orçamento total, sem que ele fosse aumentado”, comentou.

Com a potência instalada de 583 MW, Mauá 3 tem custo estimado em R$ 930 milhões. Suas obras vinham sendo executadas pela construtora Andrade Gutierrez, mas foram suspensas porque a empreiteira alegou suposto desequilíbrio econômico- financeiro no contrato. Atualmente, segundo o TCU, o contrato passa por fase de repactuação.

A corte vai analisar ainda a possibilidade de punir a Andrade Gutierrez por conta de não ter retomado das obras, por conta da “inexistência de fundamentação legal para a permanência da suspensão das obras”.

Segundo informações da Amazonas Energia, a previsão é de que a usina seja concluída até 2016. Mauá 3 será responsável por energia equivalente a 50% do consumo em Manaus e região metropolitana.