Foto: Montagem/Acervo pessoal
Foto: Montagem/Acervo pessoal

O empreendedorismo feminino é marcado por desafios, inovações e conquistas e no Espírito Santo não é diferente. Nesta quarta-feira (19), é celebrado o Dia do Empreendedorismo Feminino, por isso, nada melhor do que contar histórias de mulheres capixabas que diariamente lutam para transformar e desenvolver seus negócios.

Jaqueline Silva Cruz, de 43 anos, e sua filha, Joyce Silva Cruz, 23, são exemplos de mulheres empreendedoras. As duas são confeiteiras e trabalham em casa fazendo bolos de festa. Há cerca de um ano, elas abriram um delivery de doces e bolos.

A mãe conta que começou a trabalhar como confeiteira em 2019, após ter tido um filho de 24 semanas de gestação e, para cuidar dele, ter saído do emprego fixo. De lá para cá foram só inovações e melhorias. Após quatro anos de confeitaria, passou a fazer bolos de pote e a se especializar em bolos festivos.

Foto: Reprodução/Instagram

Fazendo bolos diferenciados conquistei muitos clientes da minha região. Foi quando comecei a não dar conta sozinha e convidei minha filha para trabalhar comigo. E aí começou a mudança na nossa vida.

Jaqueline Silva Cruz

Festival de bolos

Em setembro deste ano, ela e a filha realizaram um festival de fatias de bolo no bairro Resistência, em São Pedro, Vitória, onde venderam 240 fatias em menos de duas horas.

Segundo a empreendedora, a ideia do festival veio de feiras que estavam acontecendo em outros estados e que chamaram a sua atenção.

Elas pretendem realizar outro evento como esse, em fevereiro de 2026, porém ainda sem local marcado.

Foto: Acervo pessoal

Suspiros como investimento

Foi também com os desafios do dia a dia que a empreendedora e confeiteira Scheyla Silva Nunes, de 52 anos, e sua filha, Lorrany Nunes Santos, 32, abriram seu negócio. Elas têm muitas semelhanças com Jaqueline e Joyce, e não apenas no empreendimento de mãe e filha.

Scheyla contou que na pandemia da Covid-19 precisou fechar a confeitaria que tinham para realizar um projeto: a venda de suspiros artesanais. A ideia era custear a faculdade de Psicologia de sua filha caçula, Evelyn.

De acordo com a confeiteira, o investimento nos doces foi total e, no processo de transição, ela conheceu a Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), que a auxiliou em feiras e cursos.

Scheyla Silva Nunes e sua filha, Lorrany Nunes Santos. Foto: Acervo pessoal

O ramo foi crescendo muito rápido e através dele fizemos feiras por quase todos os municípios do Estado, recebemos homenagens, nos qualificamos com cursos, compramos todos os maquinários, abrimos a primeira loja física de suspiro do Estado, e hoje somos referência em suspiros personalizados.

Scheyla Silva Nunes

Foi nessa época que sua filha Lorrany, após a maternidade, não quis voltar a trabalhar na enfermagem. Com isso, ela assumiu a parte de marketing e vendas.

Inovação e desafios

Ambas as empreendedoras destacaram a importância de sempre inovar e estudar para o negócio cada vez mais se desenvolver.

De acordo com Jaqueline, é preciso ser criativa e inovadora a todo tempo para atrair novos clientes, além de investir nas redes sociais, sempre criando conteúdos que chamem a atenção do público.

Empreender é um desafio constante, não dá para desanimar e nem desistir diante dos desafios diários, que muitas vezes nos pegam de surpresa. Amamos a confeitaria e tudo que a envolve. Com muito trabalho e dedicação, ela nos ajuda a ser independentes, no crescimento pessoal, em uma visão de futuro melhor, nos ajuda a ser criativas e resilientes. Empreender na confeitaria nos ajuda a fazer algo que seja é a nossa cara, é único”.

Jaqueline Silva Cruz

Scheyla destaca que sempre estuda e inova para que seu produto melhore cada vez mais, e faz uma avaliação de como o seu próprio negócio impactou até na área psicológica.

Empreender me ajudou na minha autoestima, na minha independência financeira, no relacionamento com as pessoas. Eu amo o que faço, adoro ver as pessoas felizes com meu trabalho”.

Scheyla Silva Nunes
Scheyla Silva Nunes e sua filha, Lorrany Nunes Santos. Foto: Acervo pessoal

*Texto sob supervisão da editora Elisa Rangel

Ana Piontkowski *

Estagiária

Graduanda em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e estagiária do Jornal Folha Vitória.

Graduanda em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e estagiária do Jornal Folha Vitória.