Economia

Empresa da Queiroz Galvão pede recuperação

Empresa da Queiroz Galvão pede recuperação Empresa da Queiroz Galvão pede recuperação Empresa da Queiroz Galvão pede recuperação Empresa da Queiroz Galvão pede recuperação

A Constellation, empresa de óleo e gás da Queiroz Galvão, protocolou nesta quinta-feira, 6, pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Desde o começo do ano, a companhia tentava renegociar sua dívida, de R$ 5,7 bilhões, sem sucesso. Na semana passada, ela começou a preparar a documentação para recorrer à Justiça, conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo.

O pedido de recuperação inclui 18 empresas dentro do grupo Constellation. De acordo com o documento, a decisão foi tomada exatamente por causa do alto número de companhias e da existência de garantias cruzadas, o que eleva o risco dos credores anteciparem vencimentos por causa da inadimplência e impede a reestruturação da dívida de forma individualizada.

Elaborado pelo escritório Galdino, Coelho, Mendes Advogados, o pedido destaca que a recuperação judicial era a única forma de conseguir aprovação de um número maior de credores, pulverizados no mercado. No documento, os advogados afirmam que a empresa conseguiu consenso de 48,3% dos credores com garantias reais e 60.2% daqueles sem garantia real.

“Esse apoio foi formalizado no último dia 29 de novembro por meio da assinatura – pelos credores apoiadores, sociedades requerentes e acionistas – de um plano que contém as condições de reperfilamento da dívida” e que vão constar no plano de recuperação judicial, segundo o pedido de recuperação.

A dívida da Constellation consiste, essencialmente, na emissão de títulos de dívidas emitidos em nome das plataformas Amaralina Star, Laguna Star e Brava Star e empréstimos bancários. As negociações ocorreram em três blocos: do sindicato de bancos estrangeiros, do Bradesco e dos bondholders (donos de títulos com vencimentos em 2019 e 2024).

O fluxo de caixa da companhia vem caindo desde que as investigações da Lava Jato – e queda no preço do petróleo – levaram a Petrobrás a reduzir os gastos com a renovação de arrendamentos de plataformas de petróleo – atualmente, o grupo detêm 17 sondas.

Em nota divulgada na noite desta quinta, a empresa afirmou que o pedido de recuperação já havia sido aceito pelo juiz e que a medida tem como “objetivo assegurar a manutenção do pagamento dos muitos colaboradores do grupo, assim como parceiros e fornecedores”. Também destaca que o processo de reestruturação não irá afetar as operações em curso do grupo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.