Economia

Empresas devem participar de leilão em parceria com Petrobras, diz ministro

Empresas devem participar de leilão em parceria com Petrobras, diz ministro Empresas devem participar de leilão em parceria com Petrobras, diz ministro Empresas devem participar de leilão em parceria com Petrobras, diz ministro Empresas devem participar de leilão em parceria com Petrobras, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta segunda-feira, 3, que acredita que as empresas interessadas no segundo leilão dos excedentes da cessão onerosa devem participar em parceria com a Petrobras. Na rodada, prevista para dezembro, o governo irá ofertar dois campos no pré-sal da Bacia de Santos, Sépia e Atapu, que não receberam propostas no leilão realizado em 2019.

O leilão das áreas da cessão onerosa foi realizado em novembro de 2019, mas apenas dois blocos, Búzios e Itapu, receberam propostas da Petrobras e de um consórcio liderado pela companhia. Em entrevista à CNN, o ministro explicou que a estatal brasileira já sinalizou que exercerá seu direito de preferência para participar do certame, conforme prevê a lei.

“A própria Petrobras, como foi em 2019, deverá ter parceiros estrangeiros para fazer exploração e produção de petróleo nessas áreas, isso é natural. Acredito que nenhuma empresa vai entrar nesse leilão sem ter a participação da Petrobras, porque a Petrobras já está produzindo nesses campos e é considerada a empresa de petróleo mais qualificada para fazer produção em águas profundas e ultraprofundas, como é o caso dessas áreas”, disse ele.

Segundo o ministro, os dois campos não receberam ofertas, porque até mesmo o mercado mundial de petróleo e gás tem limitações de investimentos. Citou ainda que a indefinição sobre a compensação a ser paga à Petrobras pelos vencedores do leilão afastou a atratividade do negócio.

“Sépia e Atapu são dois campos que já estão em produção, ou seja, têm uma atratividade muito grande, a qualidade do petróleo é boa. Nós eliminamos algumas incertezas. A Petrobras já está produzindo nesses campos, então tem que ser compensada. Esse foi um dos fatores que afastou investimentos naquela ocasião e agora sabem o valor da compensação que será paga, sabem exatamente a reserva que existe, ou seja, acreditamos que será um sucesso o leilão”, disse o ministro.

Desde a realização do leilão, o governo sinalizou que iria rever as regras para reduzir incertezas para realização nessa segunda rodada de ofertas. Entre as medidas, decidiu reduzir em R$ 25,5 bilhões a arrecadação que pretende receber pela exploração desses dois campos no pré-sal da Bacia de Santos. Sob os termos atuais, o governo deve levantar cerca de R$ 11 bilhões em bônus de assinatura.

O ministro afirmou que o valor do bônus de assinatura está atrelado à expectativa do preço do barril de petróleo futuro, que tem tendência de cair. Ele destacou que são previstos R$ 200 bilhões em investimentos nos campos e arrecadação de R$ 400 bilhões em royalties e participações especiais ao longo dos contratos de exploração e produção.

Bento Albuquerque disse ainda que não há nenhuma interferência na Petrobras. O ministro afirmou que o governo está trabalhando por meio de políticas públicas e em ações relacionadas aos tributos que incidem sobre combustíveis para que os consumidores tenham previsibilidade e transparência.

Albuquerque citou medidas do Executivo e a proposta que trata da cobrança de encargo estadual, o ICMS, enviada ao Congresso. “Vamos apresentar novas medidas para que seja mais racional a incidência dos tributos e os consumidores tenham melhores serviços, a melhores preços”, disse, sem apresentar detalhes.