O ano de 2023 foi melhor do que o esperado pelo mercado, e as perspectivas para 2024 são positivas, segundo especialistas que participaram da 12ª edição do Encontro Folha Business, nesta sexta-feira, dia 15, no Cinemark do Shopping Vitória.
O encontro foi realizado pela Rede Vitória e Apex e reuniu especialistas políticos, autoridades e lideranças econômicas para debater “Economia, negócios e política: retrospectiva 2023 e perspectivas para 2024”.
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O presidente da Apex, Fernando Cinelli, abriu o encontro ressaltando que o Brasil tem uma vantagem competitiva em relação a países como China, África do Sul, Rússia e México, e que o Espírito Santo tem protagonizado esse movimento, uma vez que o Estado tem um crescimento acima da média brasileira e acima do Sudeste.
“Por isso, a gente pode olhar para 2024 com os pés no chão, mas muito otimista. Temos um estado organizado, um governo que se preocupa bastante no âmbito social, e que tem como primazia e valor principal a responsabilidade fiscal”, ressaltou.
O diretor de Comunicação e Dados da Apex, Ricardo Frizera, apresentou uma pesquisa inédita realizada pela Futura que mostra por que o ano de 2023 foi melhor do que o esperado para o mercado, com o PIB por exemplo fechando o ano com expectativa de crescimento de 2,92%, bem acima da estimativa de 0,80% projetada em 31 de dezembro de 2022.
“O PIB surpreendeu e ele veio puxado muito fortemente pelo agronegócio, que impulsionou as exportações, e pelo consumo das famílias, reflexo da melhoria da renda e empregos”, analisou.
Os bons resultados do ano devem-se ainda ao superávit da balança comercial; às exportações brasileiras, que têm forte demanda; à valorização do Real, e ao aquecimento do mercado de trabalho.
Já para 2024, são esperados cortes nas taxas de juros em todo o mundo, inclusive no Brasil, que tem os maiores juros reais. As expectativas para o país são otimistas também porque o país está no radar do dinheiro mundial, tendo sido o segundo país em atração de investimentos estrangeiros em 2023. Entretanto, segundo Frizera, um desafio para o ano que vem são as contas públicas.
Futuro das cidades
Os prefeitos de Vitória, Lorenzo Pazolini, e Linhares, Bruno Marianelli, debateram “O futuro das cidades” e apresentaram quais foram os desafios de suas gestões, como eles foram sanados e quais são as perspectivas para o próximo ano.
Lorenzo Pazolini disse que o maior desafio do começo de sua gestão era vacinar, com eficiência, as pessoas contra covid-19 para que o retorno às atividades econômicas fosse breve. Além disso, a gestão se propôs a desburocratizar processos e construir uma legislação junto com o setor produtivo.
“Retomamos o diálogo, trouxemos o setor produtivo para dentro da prefeitura. Antes, a prefeitura impunha as regras, e o setor produtivo não tinha oportunidade sequer de dialogar na construção da legislação municipal, leis ordinárias, leis complementares, decretos. Nós retomamos o diálogo para que o mercado tivesse a confiança necessária e garantimos a estabilidade jurídica e regras claras de previsibilidade.”
O prefeito de Vitória ressaltou ainda como desafio sair de um orçamento previsto em 2021 de R$ 6 milhões, para investimentos próprios em todos os eixos e políticas públicas da cidade.
“Hoje nós já temos investido mais de R$ 1 bilhão. Se não fecharmos o ano com R$ 2 bilhões, vamos estar bem perto disso. São quase R$ 2 bilhões de investimentos na cidade com recursos próprios.”
O prefeito de Linhares mencionou que até os anos 90, a cidade era basicamente uma cidade agropecuária com uma indústria moveleira, sem medidas específicas para a saúde e a educação, por exemplo. Graças ao comprometimento do município, segundo ele, hoje Linhares tem uma base formada que permite que os investimentos cheguem à cidade.
“Estamos feito uma sensibilização para juntar organismos como o Sebrae, e o próprio Ministério do Turismo, para, efetivamente, conseguirmos equilibrar os potenciais de Linhares, que é enorme”, disse Bruno Marianelli,
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