Economia

Entidade de bancos de desenvolvimento diz que PEC do BNDES compromete setor privado

Entidade de bancos de desenvolvimento diz que PEC do BNDES compromete setor privado Entidade de bancos de desenvolvimento diz que PEC do BNDES compromete setor privado Entidade de bancos de desenvolvimento diz que PEC do BNDES compromete setor privado Entidade de bancos de desenvolvimento diz que PEC do BNDES compromete setor privado

A Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) – entidade representativa dos bancos de desenvolvimento – criticou o avanço da proposta de emenda à Constituição que dá ao Congresso o poder de vetar empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a outros países.

O projeto, aprovado nesta quarta-feira, 4, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, prevê uma “burocracia desnecessária que compromete a competitividade das empresas brasileiras”, na avaliação da ABDE, além de afrontar princípios constitucionais relacionados ao pleno exercício da autonomia da vontade, “com restrição à livre iniciativa, liberdade de empresa e da livre concorrência, liberdade de contratar e proporcionalidade e razoabilidade”.

“Ressalta-se que esse tipo de modalidade de operação é executado tradicionalmente por bancos oficiais e instituições de outros países, como França, Alemanha e Japão, que inclusive, aportam recursos em operações de crédito similares no Brasil”, apontou a entidade, que tem entre associados o BNDES.

Em nota divulgada após a aprovação da PEC pela CCJ, a ABDE disse ainda ser importante contextualizar que, em todas as modalidades de apoio à exportação do banco de desenvolvimento, os desembolsos são realizados no Brasil, em reais, para o exportador brasileiro, não havendo remessa de recursos para o exterior.

“Reitera-se que o TCU já reconheceu ausência de irregularidades no financiamento do BNDES às exportações de bens e serviços. A ABDE defende a manutenção de um ambiente regulatório, que favoreça a livre iniciativa, a competitividade e o desenvolvimento sustentável do Brasil, alinhando-se com os princípios constitucionais e as melhores práticas internacionais”, concluiu a entidade.