Economia

Entidades dizem que negociações sobre planos econômicos continuam abertas

O valor exato depende de pontos do acordo que ainda estão em aberto. Entre eles, o porcentual de desconto aplicado sobre os valores a serem recebidos pelos poupadores e a quantidade de parcelas para a quitação dos débitos

Entidades dizem que negociações sobre planos econômicos continuam abertas Entidades dizem que negociações sobre planos econômicos continuam abertas Entidades dizem que negociações sobre planos econômicos continuam abertas Entidades dizem que negociações sobre planos econômicos continuam abertas
Entidades dizem que negociações sobre planos econômicos continuam abertas

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Frente Brasileira pelos Poupadores (Febrapo) divulgaram nesta terça-feira, 5, nota conjunta a respeito da negociação, realizada com a intermediação da Advocacia-Geral da União (AGU), de um acordo a respeito das perdas da poupança com os planos econômicos das décadas de 1980 e 1990. As entidades afirmaram que “as negociações em torno de um acordo para o caso dos planos econômicos continuam abertas”.

“O processo, mediado pela AGU, envolve todas as partes que precisam ser contempladas na solução”, informou a nota. “O acordo está em estágio avançado, mas não há solução simples para problema difícil. Basta lembrarmos que o Judiciário acumula, nas últimas três décadas, quase 1 milhão de processos relacionados aos planos econômicos.”

As entidades disseram ainda que, para o acordo ser consistente, as negociações são minuciosas. As partes tiveram um encontro na AGU, na manhã desta terça-feira, 5, para discutir valores e outros detalhes do acordo. “Hoje, o processo negocial foi novamente interrompido e deve ser retomado na próxima semana”, registrou a nota. Mais cedo, a própria AGU, por meio de nota, havia informado que uma nova rodada de negociação deve ocorrer na semana que vem.

“A Febraban e a Febrapo reafirmam seu entendimento de que o acordo é a melhor solução para os poupadores, para os bancos e para a sociedade. O entendimento abreviará o recebimento das indenizações pelos poupadores, gerará economia aos bancos e injetará na economia um montante relevante. Ao mesmo tempo, vai contribuir para desafogar o Judiciário”, acrescentou a nota conjunta.

Ontem, o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, já havia informado que o acordo para ressarcimento das perdas da poupança, conforme fonte a par das negociações, pode ficar entre R$ 8 bilhões e R$ 16 bilhões. O valor a ser pago aos poupadores, no entanto, ainda será definido a partir da negociação entre a Febraban, que fala em nome das instituições financeiras, e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e Febrapo, que defendem os interesses dos poupadores. As partes apresentaram, no encontro de hoje, seus números.

O valor exato dependerá de pontos do acordo que ainda estão em aberto. Entre eles, o porcentual de desconto aplicado sobre os valores a serem recebidos pelos poupadores e a quantidade de parcelas para a quitação dos débitos. A expectativa de quem participa das negociações é de que um acordo seja finalizado ainda em setembro, o que permitiria que os pagamentos fossem iniciados antes mesmo do Natal. Com isso, haveria injeção de recursos na economia, em um momento em que o governo luta para acelerar a retomada.