Economia

Entidades empresariais se manifestam contra reoneração da folha de pagamentos

Entidades empresariais se manifestam contra reoneração da folha de pagamentos Entidades empresariais se manifestam contra reoneração da folha de pagamentos Entidades empresariais se manifestam contra reoneração da folha de pagamentos Entidades empresariais se manifestam contra reoneração da folha de pagamentos

A perspectiva de reoneração da folha de pagamentos de diversos setores produtivos da economia, proposta pelo governo federal como forma de compensar o corte de impostos (PIS/Cofins) sobre o óleo diesel, gerou reações negativas de entidades empresariais.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) classificou a medida como “equívoco”. “Esta medida reduzirá a competitividade e aumentará o custo da mão de obra de setores importantes na geração de emprego”, afirma a entidade, em nota.

Entre os setores que seriam prejudicados, caso a reoneração seja confirmada, a Fiesp aponta a indústria têxtil; de confecção; máquinas e equipamentos; mobiliário; calçados, entre outros, e alega que poderia até mesmo prejudicar o já fragilizado ritmo econômico. “Em alguns casos, poderá resultar em perdas de postos de trabalho”, diz a Fiesp.

Ao mesmo tempo, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) expressou “repúdio” à estratégia do governo de condicionar a aprovação da pauta à solução da greve dos caminhoneiros.

“A medida acarretará perda de competitividade do setor industrial, limitando o já claudicante processo de retomada da atividade econômica e do emprego”, afirma a Abinee.

No período da manhã, entretanto, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), decidiu retornar ao seu reduto eleitoral e não pautar a proposta, que já foi aprovada na quarta-feira na Câmara dos Deputados.

Desde 2014, 56 setores da economia tinham desoneração de alguns impostos na folha. O texto aprovado na Câmara prevê que a metade desses setores perderão o benefício logo após a sanção do projeto.

A outra metade manterá a desoneração pelos próximos três anos, só perdendo o benefício a partir de janeiro de 2021. A proposta aprovada também prevê zerar, até o final deste ano, a PIS-Cofins que incide sobre o óleo diesel.