Economia

EPE defende colocação de hidrelétricas em mapa de planejamento 'sem mimimi'

EPE defende colocação de hidrelétricas em mapa de planejamento ‘sem mimimi’ EPE defende colocação de hidrelétricas em mapa de planejamento ‘sem mimimi’ EPE defende colocação de hidrelétricas em mapa de planejamento ‘sem mimimi’ EPE defende colocação de hidrelétricas em mapa de planejamento ‘sem mimimi’

Rio – O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso, defendeu a retomada da construção de usinas hidrelétricas como um meio de aumentar a produção de energia com baixa emissão de carbono. Nos últimos anos, o governo passou a evitar a construção de hidrelétricas, principalmente com grandes reservatórios, por conta dos impactos sociais e ambientais desse tipo de projeto, sobretudo, na região Norte do País. Mas, à frente da EPE há quatro meses, Barroso indicou a intenção de rever a estratégia para o setor.

“O Brasil vai migrar para uma economia de baixo carbono, que vai demandar um respaldo da geração (de energia) flexível. Essa matriz flexível a gente tem que buscar onde? Eu gostaria muito de buscar nas hidrelétricas. As hidrelétricas com capacidade de armazenamento são a fonte que permitiu a inserção sustentável da energia renovável no Brasil”, afirmou Barroso, em palestra no Fórum de Energia, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ele argumentou que as fontes solar e eólica dependem das hidrelétricas para compor a matriz energética. “Então, a batalha das hidrelétricas é a batalha das renováveis. E nós vamos buscar essa discussão com a sociedade. Vamos colocar as hidrelétricas de novo no mapa do planejamento para tomar uma decisão pragmática. Vai ser a decisão sem mimimi”, acrescentou. Quando a construção de hidrelétricas não for possível, o planejador vai considerar a alternativa térmica inflexível, segundo Barroso.

Durante a palestra, o presidente da EPE ainda destacou o desafio do setor em buscar financiamento para os projetos, que, em sua opinião, não deve ser garantido exclusivamente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “A financiabilidade será onde o Brasil precisar melhorar. E financiabilidade é uma questão de risco. Risco é uma questão de credibilidade, que é uma questão de segurança, previsibilidade, transparência e sinal econômico. Nestes últimos a gente vem trabalhando”, disse.