Espírito Santo e Minas Gerais criaram uma força-tarefa para defender um contorno ferroviário alternativo à Serra do Tigre. A decisão foi em reunião no Palácio Anchieta, com a presença de lideranças políticas dos dois estados. O objetivo é incluir o contorno como exigência na renovação da concessão da Ferrovia Centro Atlântica (FCA).
O coordenador da bancada federal capixaba, deputado Da Vitória, destacou que já iniciou articulações para inclusão do contorno da ferrovia em Brasília. Ele se reuniu nesta semana com o deputado Igor Timo, coordenador da bancada mineira, para reforçar a defesa do contorno ferroviário de Belo Horizonte.
O novo traçado da ferrovia prevê ligação por Vespasiano e Itabira, substituindo a proposta da Serra do Tigre. A alternativa reduz a complexidade e o custo do investimento, estimado em mais de 450 quilômetros de extensão. A medida busca melhorar a integração logística entre o Centro-Oeste, Minas Gerais e o Espírito Santo.
“O Espírito Santo amplia seu sistema portuário, enquanto Minas precisa otimizar o escoamento mineral. Essa convergência torna o investimento na ferrovia essencial”, afirmou Da Vitória. O governador Renato Casagrande também reforçou que discorda da proposta do Ministério da Infraestrutura, que condiciona a obra a gatilhos de demanda.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) analisa a proposta encaminhada pelo Ministério da Infraestrutura. Após a avaliação de viabilidade econômica e do plano de exploração, o processo seguirá para o Tribunal de Contas da União. A atual concessão da FCA vence em agosto de 2026 e cobre 7,2 mil quilômetros em sete estados e no Distrito Federal.