
O Espírito Santo registrou em 2024 a maior renda mensal domiciliar per capita da sua série histórica: R$ 2.068 por pessoa, em valores corrigidos pela inflação. Assim, o dado representa um crescimento real de 13,8% em relação a 2022, quando o valor era de R$ 1.817.
A informação consta no módulo anual da PNAD Contínua: Rendimento de Todas as Fontes, divulgado no último dia 8 de maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Dessa forma, com esse desempenho, o ES foi uma das 19 unidades da Federação que bateram recorde histórico no indicador. Ao todo, todas as 27 UFs apresentaram crescimento real no período entre 2022 e 2024.
Renda no Brasil
No cenário nacional, o rendimento médio por pessoa atingiu R$ 2.020 no ano passado, o maior valor desde 2012, início da série histórica. Sendo assim, o crescimento foi de 16,8% em relação a 2022 (R$ 1.730, já ajustado pela inflação).
Entre os estados, os maiores valores foram registrados no Distrito Federal (R$ 3.276), São Paulo (R$ 2.588) e Santa Catarina (R$ 2.544). Os menores ficaram com o Maranhão (R$ 1.078), Ceará (R$ 1.210) e Amazonas (R$ 1.231).
Além disso, a região Sul liderou entre as regiões com o maior rendimento mensal domiciliar per capita em 2024: R$ 2.499. Em seguida, vieram: o Sudeste com R$ 2.381, o Centro-Oeste: R$ 2.331, o Norte: R$ 1.389 e o Nordeste: R$ 1.319.
Desigualdade
A desigualdade de renda, medida pelo Índice de Gini, também caiu em 2024 e chegou ao menor nível da série histórica: 0,506. Em 2023, o índice era de 0,518. Por outro lado, em 2019, no pré-pandemia, era 0,544.
Outros recordes registrados pelo IBGE foram:
- Número de beneficiários de programas sociais: de 18,6 milhões (2023) para 20,1 milhões (2024)
- Rendimento médio de todos os trabalhos: R$ 3.225
- Rendimento médio de programas sociais: R$ 836
- População com algum tipo de rendimento: 143,4 milhões de pessoas
Evolução nas 27 unidades da Federação (2022–2024)
Estado | 2022 | 2024 | Percentual de Aumento |
---|---|---|---|
Rondônia | R$ 1.448 | R$ 1.721 | 18,9% |
Acre | R$ 1.119 | R$ 1.259 | 12,5% |
Amazonas | R$ 1.036 | R$ 1.231 | 18,8% |
Roraima | R$ 1.363 | R$ 1.513 | 11,0% |
Pará | R$ 1.164 | R$ 1.326 | 13,9% |
Amapá | R$ 1.273 | R$ 1.509 | 18,5% |
Tocantins | R$ 1.486 | R$ 1.725 | 16,1% |
Maranhão | R$ 897 | R$ 1.078 | 20,2% |
Piauí | R$ 1.185 | R$ 1.349 | 13,8% |
Ceará | R$ 1.132 | R$ 1.210 | 6,9% |
Rio Grande do Norte | R$ 1.340 | R$ 1.575 | 17,5% |
Paraíba | R$ 1.178 | R$ 1.363 | 15,7% |
Pernambuco | R$ 1.068 | R$ 1.412 | 32,2% |
Alagoas | R$ 1.000 | R$ 1.317 | 31,7% |
Sergipe | R$ 1.252 | R$ 1.436 | 14,7% |
Bahia | R$ 1.087 | R$ 1.342 | 23,5% |
Minas Gerais | R$ 1.655 | R$ 1.956 | 18,2% |
Espírito Santo | R$ 1.817 | R$ 2.068 | 13,8% |
Rio de Janeiro | R$ 2.095 | R$ 2.422 | 15,6% |
São Paulo | R$ 2.281 | R$ 2.588 | 13,5% |
Paraná | R$ 1.943 | R$ 2.438 | 25,5% |
Santa Catarina | R$ 2.114 | R$ 2.491 | 17,8% |
Rio Grande do Sul | R$ 2.198 | R$ 2.396 | 9,0% |
Mato Grosso do Sul | R$ 1.952 | R$ 2.105 | 7,8% |
Mato Grosso | R$ 1.767 | R$ 2.235 | 26,5% |
Goiás | R$ 1.715 | R$ 2.059 | 20,1% |
Distrito Federal | R$ 3.081 | R$ 3.276 | 6,3% |