
“A economia depende das empresas familiares, que sustentam empregos e serviços. Se a sucessão falha, todo esse ciclo é interrompido”. A informação é de John Davis, fundador da área de gestão de empresas familiares da Harvard Business School. Segundo ele, “transferir propriedade e autoridade é difícil, mesmo quando se ama a próxima geração, mas é essencial para garantir a continuidade”.
Davis é o principal nome do Fórum IEL de Gestão 2025, que começou nesta quinta (30) em Vitória. O evento reuniu lideranças empresariais, executivos e especialistas para discutir os caminhos da sucessão familiar nas empresas capixabas.
Empresas e sucessão
O tema “Ownership: Negócios que atravessam gerações” norteou os debates, reforçando o papel da sucessão planejada na longevidade das empresas. Para Davis, o segredo é agir cedo.
Comece o processo de sucessão antes do que imagina necessário. Teste os herdeiros e traga alguém de fora da família para ajudar.
John Davis, especialista global em sucessão familiar
Ele destacou ainda que o desafio é “humano, não apenas financeiro”, e que compreender o tempo certo de transição é fundamental para evitar rupturas.
O presidente da Findes, Paulo Baraona, ressaltou que trazer nomes de projeção global é parte da estratégia de preparar o setor produtivo capixaba para o futuro. “Nosso objetivo é trazer às indústrias e empresários pessoas que realmente façam diferença em sua gestão”, afirmou. Segundo ele, o Espírito Santo, por sua vocação internacional, precisa estar atento às transformações do mercado e às práticas de governança que garantem a sobrevivência das empresas familiares.
Troca de experiências e legado
O diretor-geral da Findes, Roberto Campos de Lima, destacou que o Fórum IEL de Gestão se consolidou como espaço de troca de conhecimento entre empresários locais e especialistas internacionais. “Queremos que as melhores práticas do mundo alimentem nossos executivos, para que as empresas sejam competitivas globalmente”, explicou. Ele ressaltou que as discussões têm efeito duradouro. “Depois de cada edição, os temas continuam sendo debatidos. As empresas saem daqui com novas ferramentas de gestão.”
Já o superintendente do IEL-ES, Max Alves, observou que o conteúdo debatido nos fóruns influencia diretamente o desempenho das maiores empresas do Estado. “Trazer temas como liderança e gestão eleva o nível dos empresários e impulsiona o crescimento das indústrias”, afirmou. Para ele, a troca de experiências promove uma competição saudável e fortalece a economia capixaba.
Anuário
Durante o evento, também foi lançado o Anuário IEL 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo, que apontou novo recorde de receita e crescimento de 20% em relação ao ano anterior. O levantamento destaca que a taxa de sobrevivência das empresas capixabas supera a média nacional, resultado atribuído à capacidade de planejamento e sucessão. A maior empresa do ES, apurada pelo anuário, é a Comexport.
“O que diferencia as empresas que resistem ao tempo é a preparação para o futuro”, concluiu Baraona.
 
					 
			
		 
			
		 
						 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		