Economia

EUA podem reduzir déficit externo se diminuírem protecionismo, diz BCE

EUA podem reduzir déficit externo se diminuírem protecionismo, diz BCE EUA podem reduzir déficit externo se diminuírem protecionismo, diz BCE EUA podem reduzir déficit externo se diminuírem protecionismo, diz BCE EUA podem reduzir déficit externo se diminuírem protecionismo, diz BCE

Frankfurt – Os EUA podem reduzir seus gigantescos déficits em conta corrente diminuindo barreiras protecionistas e ajudando a ampliar a participação de suas empresas no comércio mundial, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE), que contribui para um acalorado debate sobre os desequilíbrios no comércio global.

O documento do BCE veio quatro dias após o grupo das 20 maiores economias do mundo (G-20) ceder a pressões do Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e abandonar um tradicional compromisso de defender comércio global livre e aberto em comunicado divulgado no fim de semana.

O relatório sugere que os grandes superávits externos da Alemanha são o resultado positivo da força comercial do país, e não de distorções na economia doméstica.

Persistentes superávits em conta corrente, diz o BCE, “não refletem distorções domésticas, como se argumenta frequentemente, mas são, na verdade, resultado da maximização da prosperidade”.

Ainda de acordo com o BCE, economias cujas empresas estão mais engajadas em cadeias de valor transfronteiriças – desenvolvendo componentes de um mesmo produto em diferentes países – tendem a registrar maiores superávits externos e menores déficits.

O documento apela aos EUA e a outros países deficitários que adotem políticas que “reduzam barreira protecionistas” ou entrem em acordos multilaterais de livre comércio. A participação relativamente limitada dos EUA nas cadeias de valor globais pode explicar cerca de um quarto dos déficits em conta corrente que o país exibia antes da crise financeira, avalia o BCE.

Não é a primeira vez que o BCE defende a Alemanha de críticas internacionais a seus superávits externos. Em resposta a uma pergunta sobre o assunto, o presidente do BCE, Mario Draghi, disse não achar que haja “mérito algum em atacar a Alemanha”.

Na ocasião, Draghi também argumentou que o euro não está subvalorizado ante outras moedas, como Washington tem sugerido, mas que é o dólar que está sobrevalorizado. “O euro não é o culpado”, afirmou o chefe do BCE. Fonte: Dow Jones Newswires.