Mercado em expansão

Experiências exclusivas atraem capixabas e colocam ES no mapa do luxo

Quando o assunto é luxo, o capixaba quer viver experiências únicas, sem abrir mão da sua identidade; marcas de luxo também estão voltando os olhos para o Estado

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Dorion Soares com uma de suas criações icônicas: colar Copacabana, desenvolvido pelo designer para exposição na feira de Mônaco, com 49,30 quilates de turmalinas Paraíba e 2.846 diamantes - Diego Morales. Foto: Acervo pessoal
Dorion Soares com uma de suas criações icônicas: colar Copacabana, desenvolvido pelo designer para exposição na feira de Mônaco, com 49,30 quilates de turmalinas Paraíba e 2.846 diamantes - Diego Morales. Foto: Acervo pessoal

Quando a gente fala em luxo, não é só sobre uma bolsa de grife ou sobre uma peça exclusiva: é sobre como esse setor movimenta a economia, gera empregos e cria experiências que mudam o jeito de consumir.

Só para ter uma ideia, o mercado de luxo no Brasil cresceu 12% desde 2022 e, no ano passado, já movimentava R$ 98 bilhões. E a expectativa é ainda maior: até 2030, pode chegar a R$ 150 bilhões. Os números são do estudo “A nova era de crescimento do mercado de luxo”, elaborado pela consultoria Bain & Company a pedido do jornal Valor Econômico e da revista Vogue.

E, sim, o Espírito Santo está dentro desse movimento. O capixaba hoje quer viver experiências únicas, mas sem abrir mão da sua identidade. O reflexo disso está no Shopping Vitória, que se consolida como um dos endereços do luxo no Estado.

A Ala Parque, por exemplo, vai ganhar ainda mais sofisticação com a chegada da NV. A marca, um verdadeiro ícone da moda brasileira, é reconhecida por reinventar a clássica alfaiataria com toques de cor vibrantes, trazendo modelagem impecável, acabamento de alto padrão e qualidade inigualável.

Criada pela influenciadora Nati Vozza, a NV nasceu no universo digital e hoje é sinônimo de tendências modernas e desejadas no mundo fashion.

O universo dos acessórios também não fica de fora. Nas Óticas Paris, os holofotes estão voltados para a coleção especial da Oliver Peoples em parceria com o tenista Roger Federer.

Uma linha que exala sofisticação e foi pensada para unir desempenho esportivo com estilo refinado. São seis modelos exclusivos, entre eles os inéditos “shield” R-4 e R-5, que traduzem a estética minimalista da marca com a elegância e a precisão que Federer representa.

Foto: Elias Gama

E se tem alguém que entende bem desse mercado é o designer Dorion Soares, referência em alta joalheria não só no Espírito Santo, mas no mercado nacional e internacional.

O mercado de luxo se trata de um universo amplo e, muitas vezes, controverso. Ainda existe um certo equívoco entre o que é mercado premium e o que realmente pode ser considerado luxo. O luxo entrega valor e excelência, é o equilíbrio entre a elegância, a exclusividade e a expertise.

Dorion acrescenta que, na joalheria, essa diferenciação se torna ainda mais clara. “Ela engloba estilos que vão do fast jewellery, com peças mais comerciais e produzidas em escala, ao fine jewellery, que trabalha uma joia com mais refinamento, até a alta joalheria, que representa, de fato, o território legítimo do luxo nesse segmento, já que é onde se encontram a raridade das gemas, a excelência artística e a exclusividade absoluta.”

Na mesma linha, o designer reforça o que considera DNA da marca. “Criar joias únicas, voltadas a um público seleto e discreto, em que cada peça carrega não apenas valor material, mas também arte, história e identidade. Para nós, o luxo não é atender a uma demanda de mercado, é apresentar criações que surpreendam, muitas vezes, algo que o cliente nem sabia que existia.”

Segundo a consultora de viagens de alto padrão, Ivana Ruy, o capixaba tem mostrado cada vez mais esse desejo de viver experiências que conectem viagem e estilo de vida.

“Hoje ele não procura só um destino, mas aquilo que o destino pode oferecer de exclusivo, seja um hotel boutique, um spa voltado para bem-estar, uma vinícola ou mesmo restaurantes assinados por grandes chefs. O luxo, para esse público, deixou de ser ostentação e passou a ser vivência: é sobre se sentir parte de algo único.”

A profissional explica que é justamente por isso que vemos tantas marcas de luxo voltando os olhos para o Espírito Santo.

Existe aqui um público maduro, que já viaja o mundo, conhece o que há de melhor lá fora e quer ter acesso a esse mesmo padrão dentro do estado. Hotéis, grifes e experiências premium começam a enxergar no mercado capixaba uma oportunidade real, porque o consumidor local está preparado e disposto a investir nesse nível de qualidade.

Ivana salienta que, no fim das contas, o capixaba que viaja e consome luxo não busca apenas produtos, mas histórias para contar. “É isso que conecta diretamente com o movimento de marcas de alto padrão se instalando por aqui”, conclui.

Vanessa Cardoso
Vanessa Cardoso

Colaborador

Head do Folha Social. Empresária, comunicadora e especialista em Relações Públicas e eventos. Jornalista formada pela Faesa.

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O Folha Social une o charme do colunismo à sofisticação de um mercado exclusivo, com eventos, experiências únicas e a força da mídia integrada.
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