Economia

Fazenda contesta cálculos do IFI que previam impacto maior de subsídio ao diesel

Fazenda contesta cálculos do IFI que previam impacto maior de subsídio ao diesel Fazenda contesta cálculos do IFI que previam impacto maior de subsídio ao diesel Fazenda contesta cálculos do IFI que previam impacto maior de subsídio ao diesel Fazenda contesta cálculos do IFI que previam impacto maior de subsídio ao diesel

O Ministério da Fazenda divulgou nota refutando cálculos da Instituição Fiscal Independente (IFI), que apontou que o programa de subsídio ao óleo diesel criado pelo governo federal teria impacto R$ 1,2 bilhão maior do que o comunicado. O estudo da IFI aponta um custo total de R$ 14,7 bilhões, enquanto o divulgado pela equipe econômica foi de R$ 13,5 bilhões.

Na nota técnica, a Fazenda afirma que há “equívocos” nos cálculos da IFI. O primeiro é a previsão de que o custo da subvenção seria de R$ 9,6 bilhões, e não os R$ 9,5 bilhões informados pelo governo. Os outros R$ 4 bilhões se referem à redução da alíquota de tributos federais sobre o diesel, que foi compensada por outras medidas, como o corte do Reintegra, programa que beneficia exportadores.

A nota diz ainda que o relatório da IFI não disponibiliza as hipóteses empregadas em suas contas, mas que um “cálculo simplificado” obtém os mesmos valores apresentados pela instituição.

Segundo a Fazenda, há dois equívocos nesse cálculo. O primeiro é que a IFI utilizou como referência o volume mensal médio de diesel comercializado em 2017 e, nesta conta, entram também o biodiesel adicionado ao diesel. “Como a renúncia e a subvenção é sobre o diesel na refinaria, sem a adição obrigatória de biodiesel, o volume de diesel elegível a receber a subvenção é 10% menor que o total comercializado no País”, explicou.

A pasta também ressalta que, embora a subvenção tenha efeito entre junho e dezembro, os efeitos da renúncia em 2018 só se iniciam em julho, impactando, portanto, apenas seis meses.

Desconsiderados os “equívocos” apontados pela Fazenda, o cálculo do impacto das medidas anunciadas pelo governo seria de R$ 12,8 bilhões, abaixo, portanto, dos 13,5 bilhões previstos pelo governo. “As hipóteses adotadas pela conta simplificada, por definição, superestimam o custo das medidas adotadas”, completa.

A nota esclarece ainda que os R$ 9,5 bilhões previstos para o programa de subvenção é um teto para a despesa do ano e a expectativa é que o valor efetivo seja inferior. O custo só chegaria próximo ao total em uma hipótese de crescimento no consumo do diesel de 7%, acima do esperado. “Essa margem de precaução específica para a subvenção econômica se faz necessária para atentar situações não previstas pelas estimativas. Isso porque a subvenção tem um limite inicial prefixado, ao contrário das renúncias”, completa a nota.