Economia

Febraban adia de maio para julho início da nova plataforma de boletos

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São Paulo – A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) postergou de maio para julho o início do funcionamento da nova plataforma de cobrança de boletos que vai centralizar o registro de todos os documentos emitidos. O adiamento, conforme explicou a entidade em nota ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, foi necessário para dar tempo de os bancos fazerem os ajustes necessários e garantir que o sistema já esteja integrado e sendo alimentado pelas plataformas de todas as instituições.

A primeira etapa de validações começa com boletos acima de R$ 50 mil. A implantação da plataforma será feita em séries, diante do volume de boletos usados no Brasil, cerca de 3,5 bilhões de documentos emitidos anualmente, conforme a Febraban. Nos meses seguintes, o valor dos boletos diminuirá até à conclusão deste processo, cuja data foi mantida em dezembro deste ano.

A principal mudança com o novo sistema ocorrerá no momento em que o consumidor, seja ele pessoa física ou jurídica, efetuar o pagamento, mesmo de um boleto vencido. Será feita, conforme a Febraban, uma consulta à nova plataforma para checar as informações. Caso os dados coincidam, a operação é validada. Se houver divergência de informações, o pagamento do boleto não será autorizado e o pagamento terá de ser feito exclusivamente no banco que emitiu a cobrança. No modelo atual, isso não ocorre porque nem todos os boletos são registrados em uma base centralizada.

“A nova plataforma de cobrança trará benefícios para o consumidor e para a sociedade, como maior facilidade no pagamento de contas vencidas, além de evitar o envio de boletos não autorizados”, avalia Walter Tadeu de Faria, diretor-adjunto de Negócios e Operações da Febraban, em nota.

O sistema atual de cobrança de boletos está em vigor há mais de 20 anos e, conforme ele, precisava ser atualizado. Dentre os benefícios da nova plataforma, segundo Faria, está também a redução de inconsistências de dados, que evitará o pagamento em duplicidade e permitirá a identificação do CPF do pagador. Facilitará, com isso, o rastreamento de pagamentos e reduzirá as fraudes que, de acordo com Faria, é uma fonte de preocupação permanente para todo o sistema bancário.

A Febraban acrescenta ainda que o boleto continuará tendo o código de barras com 44 posições, o que não acarretará mudança dos leitores óticos que os emissores possuem.