Economia

Fed tem ferramentas para lidar com uma grande crise, diz estudo

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São Paulo – Um novo estudo do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) argumenta que o BC americano tem as ferramentas de que precisa para responder a futuras recessões profundas usando rodadas de compra de ativos e uma estratégia de comunicação clara para reassegurar investidores e consumidores.

Na maioria dos casos, os dirigentes serão capazes de usar o relaxamento quantitativo e um racional da mesma maneira que os utilizaram logo após a recessão de 2007 a 2009 para combater uma desaceleração acentuada semelhante, de acordo com o artigo do economista do Fed David Reifschneider.

Dirigentes do Fed e economistas estão ficando cada vez mais preocupados com o fato de que as mudanças econômicas de longo prazo, como o envelhecimento da população ativa, o crescimento menor da produtividade e o avanço de investidores de mercados emergentes, irão manter a taxa de juros e a inflação baixas no futuro próximo. Isso vai impedir que o banco central eleve os juros para mais de 3% nos próximos anos. No momento, a taxa está entre 0,25% e 0,50%.

Reifschneider usou o modelo macroeconômico do Fed, conhecido como FRB/US, para simular uma grande recessão. Em seu principal cenário, a economia começa em boas condições, com a inflação na meta do Fed de 2% e os juros em 3%.

Após um choque econômico, a taxa de desemprego vai para 10% e a inflação cai a 1,5%. Em resposta, o Fed corta os juros para perto de zero e os mantêm assim.

Então, os dirigentes compram US$ 2 trilhões em títulos do Tesouro e prometem manter a taxa de juros baixa por mais tempo. O mercado de trabalho melhora mais rápido do que em outras condições e a inflação não recua tanto.

“No evento de uma futura recessão, os dirigentes poderão realmente ser capazes de fazer o uso de compra de ativos e de diretrizes para compensar uma habilidade limitada de cortar os juros”, escreveu Reifschneider .

Previsões

Entretanto, se as linhas de base da economia não forem tão fortes como as descritas no artigo, ou se a recessão for significativamente mais forte e longa do que no cenário descrito, o Fed pode não achar tão efetivo o uso do relaxamento quantitativo e das diretrizes como esperado.

“Não se pode descartar a possibilidade de que pode haver circunstâncias no futuro nas quais a habilidade do Fed de fornecer o grau desejado de acomodação usando essas ferramentas seja menor”, afirma o economista. Fonte: Dow Jones Newswires