Economia

Ferraço mantém previsão de ler relatório da reforma trabalhista na CAE

O senador capixaba disse que haverá algumas mudanças no texto, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Um deles é a proibição do trabalho em local insalubre de grávidas ou lactantes

Ferraço mantém previsão de ler relatório da reforma trabalhista na CAE Ferraço mantém previsão de ler relatório da reforma trabalhista na CAE Ferraço mantém previsão de ler relatório da reforma trabalhista na CAE Ferraço mantém previsão de ler relatório da reforma trabalhista na CAE
Ele ainda propõe no relatório o veto à jornada intermitente Foto: Agência Senado

Brasília – Apesar da crise política, a proposta de reforma trabalhista deve ter o relatório apresentado ainda nesta terça-feira, 23, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A previsão foi mantida pelo relator do texto, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que confirmou a mudança em alguns pontos do projeto aprovado na Câmara.

Mais cedo, a oposição tentou obstruir sessão da CAE, mas a ação não conseguiu interromper o debate que acontece no período da manhã.

Ao chegar à audiência pública da CAE sobre a reforma trabalhista, o senador capixaba manteve a previsão anunciada na segunda-feira de que o relatório será apresentado ainda nesta terça em sessão deliberativa programada para ocorrer após a audiência que começou logo depois das 9 horas.

Aos jornalistas, Ferraço confirmou que o relatório terá a sugestão de alteração de alguns pontos do texto aprovado pelos deputados. As mudanças farão parte apenas do relatório e não haverá alteração do texto para evitar o retorno do projeto à Câmara. As alterações e a estratégia de usar o relatório foram antecipadas pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) em 11 de maio.

Entre os pontos que serão alterados, Ferraço confirmou a proibição do trabalho em local insalubre de grávidas ou lactantes. Outra alteração é a sugestão de que a jornada de trabalho de 12 horas com 36 horas de folga seja apenas permitida por acordos coletivos – e não por acordos individuais.

O senador capixaba também propõe no relatório o veto à jornada intermitente com a sugestão de regulação através de Medida Provisória. “A MP terá critérios e restringirá contrato intermitente a algumas atividades econômicas que tenham maior identidade com esse tipo de atividade”, disse. “A jornada intermitente não pode ser uma regra. Tem de ser uma exceção”, completou.

O texto também mantém a previsão de descanso de 15 minutos para a mulher antes do início da hora extra. O descanso havia sido retirado do projeto da Câmara.