Abr 2021
19
Ana Porto
FINANÇAS DE A A Z

porAna Porto

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Ana Porto
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Requisitos essenciais do investimento da reserva de emergência

Tendo em vista a necessidade de segurança e liquidez do investimento, você deve buscar investir em ativos com baixa oscilação de valor e que possam ser resgatados e convertidos em dinheiro para serem usados com agilidade.

Assim, a opção deve ser por investimentos mais conservadores, que geralmente são remunerados com base no Certificado de Depósitos Interbancários (CDI), o qual se baseia na taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. O CDI geralmente varia entre 0,05% a 0,10% abaixo da Selic, que atualmente está em 2,75% ao ano. Ou seja, a remuneração das aplicações tende a ficar em torno de 2,65% ao ano.

Para exemplificar, caso você aplique R$ 100,00 hoje a uma taxa de 2,65% ao ano, ao final de um ano você terá aproximadamente R$ 102,65. Você pode pensar que esta rentabilidade é baixa, mas o intuito da reserva de emergência não é ter ganhos elevados, mas sim proteger o seu patrimônio.

Em busca de retornos maiores, você pode contar com outras modalidades de investimentos que trataremos em outras colunas, porém estes produtos não são indicados para a sua reserva de emergência.

Em quais ativos alocar a reserva de emergência

Dentre os produtos mais indicados para a composição desta reserva, estão: CDBs com liquidez diária, Tesouro Selic e fundos DI. A poupança também é uma opção, mas atualmente, com a Selic tão baixa, sua rentabilidade é a menos atrativa se comparada com as demais opções.

O CDB é basicamente um contrato por meio do qual as pessoas emprestam recursos ao banco, que os utiliza para financiar suas atividades e remunera o investidor de forma fixa. O fator da liquidez diária no CDB é essencial no caso da reserva de emergência, pois é ele que garante que o valor poderá ser sacado no momento em que você precisar, além de contar com o rentabilidade diária. Além disso, mesmo havendo o risco de o banco quebrar, o investimento conta com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que te restitui até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CPNJ. Seu risco é semelhante ao da poupança, por exemplo, mas possui maior rentabilidade. Vale lembrar que mesmo podendo contar com o FGC, é muito importante analisar a saúde financeira da instituição, pois caso ela venha a quebrar, você precisará aguardar um prazo para recebimento deste valor, historicamente este prazo é em média 90 dias.

Já por meio do Tesouro Selic, é possível emprestar diretamente para o governo brasileiro, com rentabilidade indexada à taxa Selic e risco baixo. A liquidez é de D+1, ou seja, após solicitar o saque, em dia útil e horário comercial, você terá acesso ao dinheiro no dia útil seguinte.

Uma terceira opção são os Fundos DI, que obrigatoriamente devem investir, no mínimo, 95% do seu patrimônio em Títulos Públicos atrelados à Selic. Os 5% restantes podem ser aplicados em títulos privados, LCI, LCA e CDBs e é justamente essa parcela que faz com que os fundos DI geralmente tenham uma rentabilidade superior ao Tesouro Selic.

Mas fique atento às taxas de administração destes fundos, optando sempre pelas menores, ou mesmo zeradas. Além disso, também é importante analisar as melhores taxas de rentabilidade dentre os CDBs disponíveis no mercado, sempre levando em conta o risco dos bancos responsáveis. Dessa forma, analisando a relação entre os riscos e o retorno, é possível maximizar a sua rentabilidade sem abrir mão da segurança.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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