Economia

FMI diz que moeda da China está em geral em linha com fundamentos

FMI diz que moeda da China está em geral em linha com fundamentos FMI diz que moeda da China está em geral em linha com fundamentos FMI diz que moeda da China está em geral em linha com fundamentos FMI diz que moeda da China está em geral em linha com fundamentos

Pequim – A moeda da China, o yuan, está em geral cotada de maneira justa, mas o governo de Pequim precisa acelerar reformas econômicas a fim de reduzir o risco de um choque sistêmico, afirmou uma graduada autoridade do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira.

Na conclusão de uma revisão anual sobre a estabilidade financeira chinesa, David Lipton, vice-diretor-gerente do FMI, afirmou que a dívida corporativa da China é alta e cresce rápido e que enfrentar esse e outros problemas rapidamente é essencial, diante dos progressos irregulares na reestruturação e da erosão das proteções designadas para reduzir o estresse.

O FMI estima que a dívida corporativa da China é agora equivalente a 145% do Produto Interno Bruto (PIB), o que o Fundo descreve como “alto por qualquer mensuração”. Lipton disse que o país está em um momento crucial. Segundo a autoridade do FMI, a perspectiva de médio prazo do país está cada vez mais incerta, diante do rápido crescimento do crédito, do excesso de capacidade estrutural e de um setor financeiro cada vez maior, opaco e interconectado.

Grupos da indústria e o pré-candidato republicano à presidência dos EUA Donald Trump têm acusado a China nos últimos meses de manipular o yuan, que enfraqueceu 1,7% ante o dólar em maio, para favorecer os exportadores chineses. Lipton disse que o FMI determinou em sua revisão da estabilidade financeira nas duas últimas semanas que a cotação do yuan está se tornando mais baseada no mercado e está “em geral em linha com os fundamentos”. A mesma avaliação foi feita no ano passado. Mas o Fundo acrescentou que a China deve ser encorajada a buscar uma “flutuação efetiva” da moeda dentro dos próximos dois anos.

Lipton disse que o país deve melhorar sua comunicação, divulgar dados mais precisos e gerenciar melhor as expectativas, para que investidores e os mercados possam avaliar melhor suas intenções. Para ele, o progresso chinês em reformas é irregular. Lipton avaliou que houve progresso para levar a economia a ser mais concentrada em serviços e menos na indústria, porém o país não enfrentou o aumento de sua dívida e a questão da necessidade de maior disciplina nas empresas estatais, setor que segundo os cálculos do FMI responde por cerca de 55% da dívida corporativa e apenas 22% da produção econômica nacional. Lipton afirmou que a China deveria ter uma diretriz clara para reestruturar o setor estatal. Fonte: Dow Jones Newswires.