Brasília – Os dados do setor externo seguem com melhorias no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 10, pelo Banco Central. A mediana das previsões para a balança comercial de 2015 passou de US$ 6,40 bilhões para US$ 7,70 bilhões de uma semana para outra. Quatro edições antes, estava em US$ 5,50 bilhões. Já para 2016, o ponto central da pesquisa houve um ligeiro avanço, de US$ 14,79 bilhões para US$ 15 bilhões de uma semana para outra – um mês antes estava em US$ 13 bilhões.
No caso das previsões para a conta corrente, o mercado financeiro também reduziu a expectativa de um déficit de US$ 78,60 bilhões para US$ 77,50 bilhões em 2015. Quatro semanas atrás, a projeção era de déficit de US$ 80,50 bilhões. Já para 2016, a perspectiva de saldo negativo mudou de US$ 70 bilhões para US$ 68,50 bilhões – um mês antes estava em US$ 73 bilhões.
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Apesar disso, os analistas consultados semanalmente pelo BC estimam que o ingresso de investimentos para o setor produtivo será insuficiente para cobrir esse resultado deficitário em 2015 e também no ano que vem. Nos últimos meses, segundo participantes, os analistas tentam reestimar as projeções levando em consideração a mudança de metodologia da nota do setor externo, em abril.
A mediana das previsões para o novo Investimento Direto no País (IDP) passou de US$ 66 bilhões para US$ 65 bilhões em 2015, um mês antes estava em US$ 66 bilhões. Para 2016, permaneceu em US$ 65 bilhões pela 11a semana consecutiva.
IGP-M
A recente alta do dólar pressiona ainda mais a trajetória de alta do Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) vista nos últimos meses. O relatório Focus divulgado hoje pelo BC revelou que para o índice deste ano a previsão é de uma alta de 7,69%, taxa maior do que a da semana passada, de 7,64%. Quatro semanas atrás a previsão era de 7,42%.
O IGP-DI de 2015 deve encerrar em 7,66%, e não mais em 7,67%, como os analistas aguardavam na semana passada ou em 7,51%, como há um mês. Para 2016, a perspectiva de alta de 5,50% segue pela 53ª semana consecutiva tanto para o IGP-M quanto para o IGP-DI.
Sobre o IPC-Fipe, que mede a inflação para as famílias de São Paulo, a estimativa para 2015 passou de 8,76% para 9,17% de uma semana para outra. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 8,60%. Para 2016, a expectativa voltou de 5,40% para 5,30%, onde já se encontrava um mês antes.
