Economia

Fundo da aviação regional corre risco de ser contingenciado, avalia Padilha

Fundo da aviação regional corre risco de ser contingenciado, avalia Padilha Fundo da aviação regional corre risco de ser contingenciado, avalia Padilha Fundo da aviação regional corre risco de ser contingenciado, avalia Padilha Fundo da aviação regional corre risco de ser contingenciado, avalia Padilha

Brasília – O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha, admitiu nesta quarta-feira, 6, que o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), criado para financiar, entre outros projetos, a expansão da aviação regional no País, poderá ser usado pelo governo para atingir as metas do ajuste fiscal.

Padilha comentou que o fundo, de acordo com as regras, não pode ser usado para bancar outros empreendimentos que não sejam aqueles vinculados à aviação. Por outro lado, seus recursos são integralmente depositados no caixa único da União. Uma vez que esteja no Tesouro, portanto, basta ao governo reter a sua liberação.

“Compreendo a dura missão dos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento). Penso que ambos têm uma missão dificílima, mas a minha também é difícil”, declarou Padilha, durante audiência pública no Senado.

Padilha foi questionado se poderia garantir que o Fnac não sofrerá retenções de valores pelo governo. Previsto para arrecadar R$ 4,2 bilhões só neste ano, a partir de cobranças de taxas aeroportuárias e das concessões de aeroportos, o Fnac é o meio de o governo viabilizar o prometido programa de aviação regional, que prevê a construção ou reforma de 270 aeroportos no Brasil.

“Tenho tido compreensão do governo, da área fazendária e do planejamento”, comentou Padilha. “A Fazenda não vai mexer no Fnac, porém a arrecadação toda vai para o caixa único da União. Não pode mandar para lugar nenhum, mas é base para o resultado primário. Portanto, será sempre uma disputa legítima da Fazenda, querendo manter seus números, e da SAC, querendo manter seus projetos”, disse.

Eliseu Padilha disse que a presidente Dilma Rousseff tem dado apoio ao plano, prometido desde 2012, e que deseja ver os 270 projetos com obras concluídas e em andamento até 2018. “Não pode ter incompatibilidade entre o que quer a presidenta e o que queremos. Não vamos começar com a velocidade que queríamos, mas vamos iniciá-lo.”