Uma das rodovias mais perigosas e críticas do Estado está perto de uma solução. O projeto executivo da BR-259 deve ficar pronto até o final deste ano. Nesse sentido, finalmente a duplicação do trecho de João Neiva a Colatina vai acontecer. A obra deve custar R$ 1,5 bilhão e tudo indica que começa no ano que vem. Com a grana do Acordo de Mariana com o Estado.
Segundo o deputado federal Josias da Vitória, a obra resolve um dos principais gargalos das rodovias do Estado e redefine uma importante ligação do Espírito Santo com Minas Gerais. Para ele, o gargalo vai virar história.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) coordena. O documento ainda depende da conclusão e aprovação dos projetos de engenharia para definição do orçamento final e do cronograma detalhado. Nesse sentido, a verba estimada para essa obra inclui R$ 1 bilhão do Acordo de Mariana para viabilizar a duplicação.
Pelos planos iniciais, o projeto de execução prevê a duplicação de 60% do trecho entre João Neiva e o bairro Colúmbia, em Colatina. Do mesmo modo, do km 63 ao 106, até a divisa em Baixo Guandu, está prevista a restauração da pista existente com melhorias. Nesse sentido isso inclui , acostamentos, terceiras faixas e vias laterais.
Riscos da BR-259
Segundo dados do Estado, o fluxo de caminhões pesados é intenso pela BR-259. São, em média, cerca de 500 caminhões por dia na rodovia federal. As principais cargas são produtos agrícolas, minerais, siderurgia, insumos industriais bem como materiais para exportação, como as rochas ornamentais. Do mesmo modo, a rodovia é estratégica para o transporte de grãos, celulose, bobinas de papel, pisos, revestimentos. E ainda, painéis de madeira, siderúrgicos e cargas relacionadas ao setor metalmecânico.
Em 2024, foram registrados 1.330 acidentes em rodovias federais no ES nos primeiros sete meses, com 94 mortes confirmadas no mesmo período. Na BR-259 foram 21 mortes, em especial no trecho de Colatina.