Coluna Edu Kopernick

Gigante do ferro: Vale vai exportar 82 milhões de toneladas de minério por Tubarão em 2025

O número é 10 milhões de toneladas a mais do que o exportado no ano passado. E um dos aliados nesse aumento de volume é o navio graneleiro da classe Vale Max, o maior do mundo para transporte de minério

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O navio da categoria Vale Max transporta 400 mil toneladas de minério de ferro e é uma das armas para vencer a concorrência com outros exportadores do produto. Crédito: Edu Kopernick
O navio da categoria Vale Max transporta 400 mil toneladas de minério de ferro e é uma das armas para vencer a concorrência com outros exportadores do produto. Crédito: Edu Kopernick

82 milhões de toneladas. Esse é o volume de minério de ferro que a Vale deve exportar este ano pelo Porto de Tubarão. O número é nada menos do que 10 milhões de toneladas a mais do que o exportado no ano passado. E um dos aliados nesse aumento de volume é o navio graneleiro da classe Vale Max. Um desses está em Tubarão e vai zarpar com nada menos do que 400 mil toneladas. É quanto pode carregar o maior graneleiro do mundo.

O navio é estratégico, já que consegue levar mais minério a longa distância e acirra a concorrência com um grande produtor, que é a Austrália. O país está bem mais perto dos principais centros consumidores, como China e países árabes, por exemplo. Além disso, o minério de ferro que é exportado pelo ES tem qualidade muito superior. Isso faz valer a pena esperar, já que a viagem até a China leva cerca de 45 dias.

O Porto de Tubarão investe ainda em tecnologia e sustentabilidade para garantir mais desempenho. As iniciativas incluem automação de processos, inteligência artificial bem como soluções digitais que contribuem para maior eficiência logística. A Vale afirma que essas medidas também elevam os padrões de segurança bem como reduzem a exposição de trabalhadores a áreas de risco.

Os drones também viraram ferramentas. Nesse sentido, equipamentos aéreos e subaquáticos passaram a realizar inspeções em píeres e embarcações, substituindo lanchas e mergulhadores em algumas etapas. Segundo a empresa, as inspeções ganharam mais precisão e rapidez, reduzindo o tempo das operações. Ou seja, a adoção da tecnologia diminuiu custos e emissões de CO₂.

Operação de embarque de minério no navio Vale Max leva cerca de 48 horas. Crédito: Edu Kopernick

Outro investimento ocorreu no carregamento de navios, que agora conta com equipamentos totalmente remotos. Do mesmo modo esses sistemas incluem tecnologia anticolisão bem como monitoramento digital. De acordo com a Vale, isso aumenta a segurança dos ativos. O controle da umidade do minério também passou a ser feito por inteligência artificial. O objetivo é atender normas nacionais e internacionais e evitar riscos de instabilidade das cargas durante o transporte.

Vale adota Ecoshipping

No campo ambiental, o Programa Ecoshipping reduz as emissões do transporte marítimo. A iniciativa inclui navios equipados com velas rotativas e rígidas, que utilizam energia do vento para economizar combustível. A meta da empresa é reduzir as emissões.

Segundo a Vale, o conjunto dessas medidas já traz resultados em eficiência energética e redução de paradas operacionais no porto. Especialistas do setor avaliam que as inovações reforçam a competitividade da companhia no Espírito Santo. Além disso, destacam que o Porto de Tubarão se consolida como referência em práticas sustentáveis e produtivas na logística portuária.

Edu Kopernick

Editor de Economia

Edu Kopernick é jornalista formado na Faesa, especialista em Comunicação Organizacional pela Gama Filho, com experiência em reportagens especiais para veículos nacionais e séries sobre economia do Espírito Santo. Já teve passagens pelos principais veículos de TV, rádio e webjornalismo do Estado. É editor de Economia do Folha Vitória desde 2024, apresentador de TV e host do videocast ValorES.

Edu Kopernick é jornalista formado na Faesa, especialista em Comunicação Organizacional pela Gama Filho, com experiência em reportagens especiais para veículos nacionais e séries sobre economia do Espírito Santo. Já teve passagens pelos principais veículos de TV, rádio e webjornalismo do Estado. É editor de Economia do Folha Vitória desde 2024, apresentador de TV e host do videocast ValorES.