A Suzano confirmou, durante a inauguração da nova fábrica de papel em Aracruz, que fará novos investimentos no Estado. O presidente da companhia, Beto Abreu, afirmou que a empresa pretende ampliar a atuação com Portocel e vai, ainda, intensificar a produção vegetal no Espírito Santo. Segundo ele, a companhia seguirá avaliando oportunidades que permitam ampliar a capacidade industrial e fortalecer parcerias regionais.
Estamos convictos de que Aracruz seguirá tendo relevância para nossos planos.
Beto Abreu, presidente da Suzano
O governador Renato Casagrande destacou que a expansão da Suzano contribui para a geração de empregos e para o desenvolvimento de cadeias produtivas. Ele afirmou que o Estado tem dado continuidade a políticas de atração de investimentos e citou a importância da indústria de base florestal para a economia local.
O Espírito Santo tem uma base forte e preparada para receber novos empreendimentos.
Renato Casagrande, governador do ES
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Em seguida, o vice-governador Ricardo Ferraço ressaltou que a chegada da fábrica reforça a integração entre governo e iniciativa privada. Ele explicou que a ampliação da planta industrial da Suzano em Aracruz reflete confiança na economia capixaba e na infraestrutura do Estado. “O setor produtivo encontra aqui condições para ampliar suas atividades de forma consistente”, afirmou Ferraço. Para ele, é essencial garantir segurança jurídica e estabilidade regulatória para atrair novos projetos.
Produção de 2 milhões de rolos por dia
A Suzano é a maior produtora mundial de celulose e referência global em bioprodutos a partir do eucalipto. Nesse sentido, a empresa inaugurou oficialmente a fábrica de papel tissue em Aracruz. O investimento foi de R$ 650 milhões, o que reforça o papel do Estado como polo estratégico de bens de consumo da companhia.
A nova fábrica de tissue terá capacidade para produzir 60 mil toneladas por ano, convertida em papéis higiênicos prontos para comercialização. Ou seja, isso significa 2 milhões de rolos de papel higiênico por dia. Nesse sentido, o investimento faz parte de um pacote de R$ 1,17 bilhão concluído em 2025, que inclui um montante de R$ 520 milhões em uma moderna caldeira de biomassa. A capacidade é de gerar até 120 toneladas de vapor por hora.
Do mesmo modo, o equipamento traz mais estabilidade ao processo, ganhos de eficiência e produtividade, além de reforçar a sustentabilidade da produção. Isso já que o vapor gerado a partir da queima de resíduos de eucalipto é utilizado no processo fabril e convertido em energia.
Impactos locais e relação com Aracruz
O vice-prefeito de Aracruz, Beto Vieira, também comentou o impacto da fábrica de papel no município. Ele afirmou que a expansão da Suzano fortalece a arrecadação local e cria oportunidades diretas e indiretas. “Aracruz se desenvolve com investimentos que geram renda e movimentam diversos setores”, afirmou Vieira. Segundo ele, a administração municipal atua para garantir infraestrutura urbana e parcerias estratégicas com o setor privado.
A empresa destacou que a nova linha de produção está integrada a políticas de eficiência operacional e uso racional de recursos. Além disso, reforçou que a unidade amplia a capacidade de entrega de celulose utilizada em produtos de higiene e cuidados pessoais. O projeto também envolve sistemas avançados de monitoramento industrial, segundo dados apresentados pela companhia durante o evento.
Expansão industrial
Ricardo Ferraço reforçou que o Espírito Santo vive um ciclo de expansão industrial que envolve diversos segmentos. Contudo, explicou que o setor de base florestal tem papel especial por sua conexão com exportações e cadeias internacionais. Ele afirmou que a nova fábrica consolida Aracruz como um polo estratégico na produção de celulose. Ferraço destacou, ainda, que a interlocução permanente entre governo e empresa tem sido determinante.
O presidente Beto Abreu lembrou que a Suzano mantém operações em Aracruz há décadas. Ele explicou que a nova fábrica amplia o portfólio da companhia e atende demandas de mercados globais. Segundo Abreu, o diálogo com o governo estadual e municipal permitiu acelerar etapas importantes de licenciamento e implantação. Ele afirmou que a empresa continuará avaliando a expansão de investimentos conforme as necessidades industriais.
Editor de Economia
Edu Kopernick é jornalista formado na Faesa, especialista em Comunicação Organizacional pela Gama Filho, com experiência em reportagens especiais para veículos nacionais e séries sobre economia do Espírito Santo. Já teve passagens pelos principais veículos de TV, rádio e webjornalismo do Estado. É editor de Economia do Folha Vitória desde 2024, apresentador de TV e host do videocast ValorES.
