Economia

Governo ainda não tem um cálculo do efeito das taxações da China

A guerra comercial entre China e Estados Unidos ganhou mais um capítulo, na quarta-feira, 4, com o governo chinês impondo novas tarifas

Governo ainda não tem um cálculo do efeito das taxações da China Governo ainda não tem um cálculo do efeito das taxações da China Governo ainda não tem um cálculo do efeito das taxações da China Governo ainda não tem um cálculo do efeito das taxações da China
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que ainda não há um cálculo do efeito que a taxação da China aos produtos norte-americanos pode ter para o Brasil, mas é importante destacar que o Brasil é “amigo” do país asiático. “Em termos de valores ainda não temos um cálculo”, afirmou, após participar de cerimônia de Erradicação Plena da Aftosa no Brasil e do Lançamento do Selo Brasil Livre de Aftosa. “O Brasil é um país confiável para o fornecimento de alimentos para a China. Não temos disputas comerciais”, completou.

A guerra comercial entre China e Estados Unidos ganhou mais um capítulo, na quarta-feira, 4, com o governo chinês impondo novas tarifas sobre 106 produtos americanos. Em resposta ao protecionismo do presidente norte-americano, Donald Trump, a China elevou as tarifas sobre a soja produzida nos EUA, abrindo mais espaço para outros países exportadores da oleaginosa, principalmente o Brasil.

A China é o maior importador mundial de soja. No ano passado, comprou 95,5 milhões de toneladas – aproximadamente US$ 40 bilhões. Cerca de 30% do grão cultivado nos EUA é exportado para a China, onde é transformado em óleo e o resíduo do processamento, o farelo de soja, é usado como ingrediente para ração de suínos, frangos, gado e peixes.

Com a nova tarifa de 25%, a previsão do Ministério do Comércio da China é de que esse mercado seja ainda mais ocupado pelo produto brasileiro – que já tem uma participação relevante. Em 2012, o País superou os americanos e passou a ser o maior exportador do produto para o mercado chinês. Em 2017, as vendas brasileiras para lá atingiram um recorde, com o embarque de 53,7 milhões de toneladas. Isso representou quase 55% das importações de Pequim. Os americanos exportaram 33 milhões de toneladas, 34% do mercado chinês e o menor volume desde 2006.