Economia

Governo continua perseguindo equilíbrio fiscal em 2021, diz secretário

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia reforçou que as premissas usadas pela equipe econômica no PLOA de 2021 são transparentes e conservadoras

Governo continua perseguindo equilíbrio fiscal em 2021, diz secretário Governo continua perseguindo equilíbrio fiscal em 2021, diz secretário Governo continua perseguindo equilíbrio fiscal em 2021, diz secretário Governo continua perseguindo equilíbrio fiscal em 2021, diz secretário
Foto: divulgação / governo federal

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, reforçou nesta segunda-feira (31), que o governo continuará perseguindo equilíbrio fiscal em 2021. A equipe econômica enviou nesta data ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) para o próximo ano.

“Em 2019, a nossa visão era de reequilíbrio das contas públicas e continua sendo. Embora tenhamos dado redirecionamento dessas diretrizes para atender a pandemia, continuaremos perseguindo em 2021 o equilíbrio fiscal”, avaliou o secretário.

De acordo com o documento, após o tombo histórico de 11% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 devido à pandemia de covid-19, o déficit primário de 2021 será de 3,0% do PIB, caindo para 2,3% do PIB em 2022 e 1,8% em 2023.

Já o déficit nominal, após o recorde de 14,9% do PIB neste ano, deve ficar estagnado em 6,3% do PIB em 2021 e 2022, piorando para 6,6% do em 2023.

Segundo Waldery, o aumento do déficit nominal estimado para 2023 decorre da projeção de um “pequeno repique” na taxa básica de juros (Selic) nos anos à frente.

‘Surpresas positivas’

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia reforçou que as premissas usadas pela equipe econômica no PLOA de 2021 são transparentes e conservadoras. “Poderemos ter surpresas positivas com receitas de concessões e outorgas em 2021”, afirmou.

Waldery também reafirmou o compromisso do governo em cumprir o teto de gastos. “O teto de gastos passa de âncora para uma super âncora fiscal no próximo ano. Ele será a referência para a meta de resultado primário em 2021 e, por isso, não haverá contingenciamento de despesas em 2021”, completou.

O secretário lembrou que o governo não trabalha com a hipótese de prorrogação da calamidade pública para 2021. A calamidade permitiu gastos extraordinários para o enfrentamento da pandemia de covid-19 neste ano para 2021. “Estamos amparados em diversos indicadores de melhoria da economia”, acrescentou, lembrando que a projeção de queda de 4,7% do Produto Interno Bruto em 2020 deve ser revisada no começo de setembro.

Gasto emergencial

Waldery Rodrigues disse ainda que a equipe econômica deve atualizar na terça-feira, 1º de setembro, as projeções para o gasto emergencial da União para enfrentamento da pandemia de covid-19 em 2020.

A última estimativa era de um esforço primário adicional de R$ 525 bilhões neste ano. Segundo ele, o Ministério da Economia deve realizar uma entrevista coletiva nesta terça-feira, no período da tarde.