Economia

Governo intensificará negociação para construir melhor proposta de compensação, diz Padilha

Governo intensificará negociação para construir melhor proposta de compensação, diz Padilha Governo intensificará negociação para construir melhor proposta de compensação, diz Padilha Governo intensificará negociação para construir melhor proposta de compensação, diz Padilha Governo intensificará negociação para construir melhor proposta de compensação, diz Padilha

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, listou nesta segunda-feira, 10, dentre as prioridades do governo para os próximos dias, a intenção de intensificar diálogos sobre a desoneração da folha de pagamentos com setores produtivos e frentes parlamentares para detalhar a proposta de compensação tributária.

“A partir de hoje, governo intensificará negociações para construir melhor proposta de compensação”, disse o ministro. “Lula se coloca hoje à disposição para qualquer conversa com lideranças e presidentes do Congresso.”

As declarações ocorreram nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto, após uma reunião do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com ministros e líderes do governo no Congresso Nacional.

A fala vem depois da enxurrada de críticas tanto do meio empresarial quanto do meio político à medida provisória editada recentemente pelo governo Lula para limitar créditos de PIS/Cofins e, assim, obter recursos para compensar o impacto fiscal da desoneração da folha.

As manifestações contrárias à MP vêm vendo registradas desde a semana passada. Como o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) informou mais cedo, cinco confederações que representam o setor produtivo publicaram nota conjunta nos principais jornais do País em repúdio à Medida Provisória 1.227/2024, que restringe o uso de créditos de PIS/Cofins. Juntas, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional do Transporte (CNT) pedem ao Congresso a rejeição da medida e devolução da proposta ao governo federal.

“Os setores da economia nacional aqui representados foram duramente atingidos por mais uma medida que revela a falta de diálogo por parte do governo com aqueles que produzem e geram emprego no País”, criticam as entidades.

Na semana passada, o presidente da CNI até interrompeu sua participação em viagem do vice-presidente Geraldo Alckmin para sinalizar contrariedade à MP.

Também nesta segunda-feira, a reportagem noticiou que o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, criticou a medida provisória. Ele a classificou com “extremamente danosa para o Brasil” e, em mensagem enviada ao grupo de senadores que fazem parte da CAE, à qual o Broadcast Político teve acesso, conclamou seus colegas a se posicionarem contra a MP. Defendeu até que haja uma pressão pela devolução da medida provisória por parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Pela MP, o governo limitou a compensação de créditos de PIS/Cofins de forma geral e de créditos presumidos de PIS/Cofins não ressarcíveis. A proposta servirá para cobrir a renúncia fiscal com a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e de municípios. Segundo a Receita Federal, o custo da desoneração em 2024 é de R$ 26,3 bilhões.