Economia

Governo promoverá estímulo de natureza tributária para modernizar parque fabril, diz Alckmin

Governo promoverá estímulo de natureza tributária para modernizar parque fabril, diz Alckmin Governo promoverá estímulo de natureza tributária para modernizar parque fabril, diz Alckmin Governo promoverá estímulo de natureza tributária para modernizar parque fabril, diz Alckmin Governo promoverá estímulo de natureza tributária para modernizar parque fabril, diz Alckmin

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira, 25, que o governo vai promover estímulos de natureza tributária para a indústria brasileira modernizar seu parque fabril. Esses benefícios, contudo, só deverão valer a partir de 2024.

Segundo Alckmin, o tema foi levantado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante a reunião no Planalto para discutir com o setor medidas para a reindustrialização do País. “Haddad falou na reunião sobre depreciação acelerada na indústria. Precisamos modernizar o parque fabril, máquinas e equipamentos, vai ter estímulo de natureza tributária”, disse à imprensa.

De acordo com ele, o tema será tratado no orçamento de 2024. “Define o porcentual da depreciação acelerada e o montante para a lei orçamentária de 2024”, disse.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Alckmin também anunciou a ideia do governo de dar descontos no IPI e PIS/Cofins para carros com valor de até R$ 120 mil.

A benesse, que teria duração limitada, deverá ser aplicada ainda neste ano, mas depende de um parecer da equipe econômica, apontou o ministro. “Teremos proposta de estímulo transitório e anticíclico para a indústria”, afirmou Alckmin.

O ministro acredita que, com essa medida e outros temas que estão sendo encaminhados, será possível que o carro popular seja vendido em patamar inferior a R$ 60 mil. Alckmin citou a possibilidade de venda direta para ajudar nessa meta.

Após a reunião com o setor no Planalto, Alckmin ainda listou uma série de eventos que, na avaliação do ministro, irão possibilitar a “neoindustrialização” do País.

Citando o tripé câmbio, juro e imposto, afirmou que o primeiro está num patamar competitivo para a exportação, em torno de R$ 4,9 e R$ 5, “sem grandes oscilações”.

Os juros, contudo, ainda elevados, poderão ser reduzidos a partir do novo regime fiscal, já aprovado pela Câmara, avaliou Alckmin. “O juros futuro já está em queda, já há alguns meses caindo, e com a aprovação do novo regime fiscal estamos confiantes que podemos ter redução da taxa Selic”, disse.

No pilar de tributos, Alckmin citou a reforma tributária. “Indústria esta super tributada, e acabamos tributando exportação indiretamente, porque acumula na cadeia, e o caminho é reforma tributária, estamos muito otimistas”, disse. “Reforma tributária ajuda exportação reduz custo Brasil, simplifica a questão tributária”, afirmou.

O vice-presidente ainda reforçou o anúncio feito mais cedo pelo BNDES sobre linhas para a Indústria que devem chegar a R$ 4 bilhões. Segundo o ministro, o financiamento será feito em dólar, o que tira o risco de variação cambial dos empresários. Alckmin afirmou que R$ 2 bilhões do BNDES serão direcionados para o financiamento a exportação, e outros R$ 2 bilhões disponibilizados para investimento e modernização das empresas.

Alckmin ainda citou a necessidade de aprovação da Lei de Garantias, assunto sobre o qual disse ter tratado na quarta-feira com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. “Já está no Senado e ele designou relator ontem na CAE, e nós acreditamos que a votação da lei pode tornar o crédito mais barato no Brasil”, disse.

O Broadcast mostrou nessa segunda-feira, 22, que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado começou a se movimentar para votar o Marco das Garantias. O projeto foi aprovado pela Câmara em junho de 2022.