Economia

'Governo Trump terá efeito indireto no Brasil', diz Parente

‘Governo Trump terá efeito indireto no Brasil’, diz Parente ‘Governo Trump terá efeito indireto no Brasil’, diz Parente ‘Governo Trump terá efeito indireto no Brasil’, diz Parente ‘Governo Trump terá efeito indireto no Brasil’, diz Parente

Washington – As políticas que serão implementadas pelo governo Donald Trump nos EUA deverão ter impacto indireto sobre o Brasil, na medida em que afetem a economia mundial como um todo, avaliou nesta quarta-feira, 16, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, em Washington. “Estamos em uma situação diferente da de outros países e vocês sabem de quais estou falando. Entendo por que eles estão preocupados.”

O principal alvo da retórica de Trump na região é o México, acusado de roubar empregos dos americanos e estimular a entrada de criminosos nos EUA. O presidente eleito prometeu rever o tratado de livre comércio que une EUA, México e Canadá e construir um muro na fronteira com seu vizinho do sul.

Parente observou que o Brasil não possui tratados do tipo com os EUA. Além disso, o País registra déficit na balança comercial bilateral. O México e a China – outro alvo da retórica de Trump – têm superávit nas transações com os EUA e enfrentam a ameaça de imposição de tarifas sobre a venda de seus produtos no mercado americano.

Economistas brasileiros acreditam que a política fiscal expansionista prometida por Trump deverá levar ao aumento dos juros nos EUA, o que reduzirá a probabilidade de redução da taxa no Brasil, com efeitos negativos sobre o PIB.

A economia global sofrerá os efeitos da incerteza gerada pela vitória de Trump. “Existe alguém aqui nesta sala que sabe a resposta?”, perguntou Parente, em palestra no Brazil Institute do Wilson Center, quando questionado sobre o impacto da transição política nos EUA sobre a economia brasileira e a Petrobras.

Ele afirmou não ter como avaliar o efeito sobre o preço do petróleo das promessas de Trump de reduzir as regulações do setor para ampliar a produção – a expansão da oferta pode reduzir a já baixa cotação da commodity. Segundo Parente, a projeção da Petrobras é que o preço do barril fique entre US$ 45 e US$ 65 nos próximos cinco anos, podendo chegar a US$ 70 no fim desse período. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.