Economia

'Descobrimos que há acordos políticos que impedem privatizações', afirma Guedes

A Eletrobras, os Correios, a PPSA e o porto de Santos estão entre as empresas que o ministro da Economia planeja transferir para o setor privado

‘Descobrimos que há acordos políticos que impedem privatizações’, afirma Guedes ‘Descobrimos que há acordos políticos que impedem privatizações’, afirma Guedes ‘Descobrimos que há acordos políticos que impedem privatizações’, afirma Guedes ‘Descobrimos que há acordos políticos que impedem privatizações’, afirma Guedes
Foto: Estadão Conteúdo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, acusou que um acordo político vem impedindo, em Brasília, o andamento da agenda de privatizações do governo. Guedes disse que só prometeu anunciar quatro grandes privatizações em 90 dias, o que não aconteceu, porque havia um acordo entre as principais lideranças políticas para acelerar a pauta. No entanto, o ministro afirmou que, na “última hora”, descobriu que existem acordos políticos contra a agenda.

“Somos um governo de centro-direita, ganhamos as eleições dizendo que vamos transformar o Estado brasileiro, que vamos privatizar. Como é que pode ter um acordo político que impede as privatizações?”, questionou Guedes ao participar de premiação realizada nesta quarta-feira, 18, pela revista Exame.

O ministro, que um mês e meio atrás chegou a acusar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de agir contra as privatizações, não citou nomes desta vez, limitando-se a apontar acordos políticos de “centro-esquerda” contra a pauta. Também ponderou que falta ao País fazer uma “opção decisiva” pelas privatizações.

“Votos foram dados para implementar um programa de governo que tem eixo de privatizações”, observou o comandante da equipe econômica.

Guedes voltou a citar Eletrobras, Correios, PPSA e porto de Santos entre as companhias públicas a serem transferidas para o setor privado. Manifestou ainda uma mensagem positiva sobre o andamento da agenda no ano que vem, ao pontuar que as privatizações costumam andar mais rápido no terceiro ano de mandato. A referência é o governo FHC, que entrou para história pelas privatizações, mas que não vendeu nenhuma empresa no primeiro ano de mandato.

“Temos quase R$ 1 trilhão em estatais e quase R$ 1 trilhão em imóveis (…) Temos que desentupir esse canal (de privatizações)”, afirmou o ministro.