Economia

Haddad diz que compensação da desoneração terá de ser feita 'na forma estabelecida pelo BC'

Haddad diz que compensação da desoneração terá de ser feita ‘na forma estabelecida pelo BC’ Haddad diz que compensação da desoneração terá de ser feita ‘na forma estabelecida pelo BC’ Haddad diz que compensação da desoneração terá de ser feita ‘na forma estabelecida pelo BC’ Haddad diz que compensação da desoneração terá de ser feita ‘na forma estabelecida pelo BC’

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 11, que a compensação da desoneração da folha de pagamentos terá de ser feita “na forma estabelecida pelo Banco Central”. Na terça-feira, 10, a autarquia enviou a lideranças da Câmara uma nota técnica recomendando a rejeição de um trecho do projeto de lei que estabelece a reoneração.

“A contabilidade de primário é feita pelo Banco Central, então, nós vamos ter de fazer a compensação na forma estabelecida pelo Banco Central”, disse Haddad. “O que entra na conta e o que não entra na conta tem de ser avaliado depois da aprovação, para que a compensação seja feita na forma que o Supremo Tribunal Federal decidiu.”

Na nota, o BC argumenta que um trecho do projeto, que obriga o registro de recursos esquecidos no Sistema Financeiro Nacional (SFN) no resultado primário, estaria em “flagrante desacordo” com a metodologia adotada na contabilização das estatísticas fiscais. O texto, relatado pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), já foi aprovado pela Casa.

“É uma questão de como contabilizar. A proposta do Senado não tem nada de ilegal, nem nada que coloque em risco os direitos dos correntistas: isso é uma prática, que já aconteceu no passado, e os direitos estão salvaguardados pela legislação”, disse o ministro.

Haddad lembrou que há um entendimento com o Senado, pelo qual a contabilidade da compensação terá que respeitar a decisão do STF. Segundo o ministro, a Fazenda está “em sintonia” com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na avaliação de que é necessário aguardar o resultado das medidas já aprovadas.

“Tem várias medidas do Senado que nós sequer conseguimos estimar a receita”, ele disse. “Tem vários programas definidos, repatriação, atualização do valor de ativos imobiliários, que a Receita não tem como estimar o ganho. Assim que regulamentado, nós vamos soltar as portarias para que o contribuinte possa aderir ou não às propostas que o Senado aprovou, e ainda esse ano vamos ter condições de avaliar.”