Economia

HSBC confirma venda no Brasil, mas quer presença para grandes empresas

HSBC confirma venda no Brasil, mas quer presença para grandes empresas HSBC confirma venda no Brasil, mas quer presença para grandes empresas HSBC confirma venda no Brasil, mas quer presença para grandes empresas HSBC confirma venda no Brasil, mas quer presença para grandes empresas

Londres (09) – O banco HSBC venderá a filial de varejo no Brasil, mas pretende manter alguma presença no País para atender grandes corporações. Em apresentação aos investidores, a casa explica a saída do mercado brasileiro com a lembrança de que, para ser um dos três maiores, teria de multiplicar o total de ativos por seis no País. O redimensionamento do banco, que também atinge outros mercados e áreas de negócios, permitirá à casa estar “alinhada com as maiores zonas econômicas e de comércio do mundo”.

Durante a atualização das perspectivas do banco anunciada em evento para investidores na capital britânica, o HSBC reafirmou que pretende vender as operações no Brasil e Turquia. A saída do mercado brasileiro, porém, não será completa. “Planejamos manter presença no Brasil para atender grandes clientes corporativos com respeito às necessidades internacionais”, diz o comunicado do banco divulgado em Londres.

No material que será apresentado ainda esta manhã aos investidores, o banco nota que a revisão da presença do banco “atinge mercados com conectividade limitada; com presença, mas desafio para ganhar escala ou que não atendam completamente aos requerimentos de risco e transparência”. O documento não cita qual o problema específico relacionado ao Brasil ou Turquia.

Na apresentação, porém, é possível observar que um dos argumentos do HSBC é que, para ser o terceiro maior banco no Brasil e Turquia, a instituição teria de multiplicar os ativos em mais de seis vezes. Outro argumento é que as exportações dos dois países (US$ 225 bilhões no Brasil e US$ 169 bilhões na Turquia) são comparativamente menores que em outros mercados em que a casa seguirá com as portas abertas, como México (US$ 398 bilhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 373 bilhões) e Índia (US$ 324 bilhões).

Enquanto arruma as malas no Brasil e Turquia, o HSBC anuncia que pretende “reconstruir a lucratividade no México”. Uma das intenções na segunda maior economia latino-americana é aproveitar as oportunidades criadas com o Acordo de Livre Comércio da América do Norte, o Nafta.

A principal aposta do HSBC, porém, está na Ásia. “O HSBC planeja desenvolver negócios no delta do Rio das Pérolas, na província de Guangdong (áreas da China) e na região da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático”, diz o comunicado. Entre as áreas que serão mais exploradas na região, estão a gestão de ativos e os seguros. Além disso, o banco quer aproveitar as oportunidades criadas pela internacionalização da moeda chinesa.