Economia

IABr não vê movimento no Brasil para defender mercado interno

O presidente executivo do IABr , Marco Polo de Mello Lopes, disse que o assunto tem sido levado à equipe econômica dos candidatos

IABr não vê movimento no Brasil para defender mercado interno IABr não vê movimento no Brasil para defender mercado interno IABr não vê movimento no Brasil para defender mercado interno IABr não vê movimento no Brasil para defender mercado interno
Foto: TV Vitória
Foto: TV Vitória

Em um momento em que o mundo amplia o seu protecionismo, o Brasil anda na contramão e não se movimenta no sentido de proteger o seu mercado interno, afirmou nesta quarta-feira, 25, o presidente da Usiminas e vice-presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil (IABr), Sergio Leite. O executivo assumirá no próximo mês a presidência do Conselho Diretor da entidade, no lugar de Alexandre Lyra, que é presidente da Vallourec.

“Nós somos contra o protecionismo, defendemos a isonomia, mas questionamos se o Brasil poderá desejar ser liberal em um mundo protecionista”, disse Leite, em coletiva de imprensa.

O IABr revisou para baixo nesta quarta-feira, 25, suas estimativas para o setor para este ano, por conta do protecionismo global e também por conta dos efeitos da greve dos caminhoneiros.

O executivo disse ainda que a indústria brasileira não é uma prioridade do governo. “O cenário que a indústria vive é de perda de participação. A participação no PIB registra uma queda gradativa. O Instituto Aço Brasil tem estimulado o debate em torno dessa questão”, disse.

O presidente executivo do IABr , Marco Polo de Mello Lopes, disse que o assunto tem sido levado à equipe econômica dos candidatos e destacou que, com exceção do programa de Ciro Gomes e Marina Silva, o restante dos programas têm consenso em questões que devem ser endereçadas, como a reforma da Previdência, reforma trabalhista e privatizações.

Lopes disse ainda que a indústria brasileira passou anos se capacitando para fazer parte do desenvolvimento do País, mas que hoje no Brasil o assunto de conteúdo nacional virou um tabu por ele ter existido no governo anterior. “Em infraestrutura, por exemplo, não adianta trazer o capital chinês, que traz tudo. A indústria brasileira quer participar desse processo, queremos ver a indústria como uma prioridade do País e participar do processo de desenvolvimento”, destacou.