
*Artigo escrito por Eric Alves Azeredo, professor, executivo, advogado, CEO da AZRD e líder do Comitê Qualificado de Conteúdo de Empreendedorismo e Gestão do Ibef-ES.
Os primeiros estudos sobre “sport management” foram feitos nos Estados Unidos, no final da década de 1960, para atender demandas do esporte profissional e universitário americano. Grandes empresas viram nos esportes um produto que poderia ser consumido de diferentes formas, com grande movimentação financeira.
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Surgiu, então, a indústria do esporte, que pode-se entender como um mercado que oferece produtos e serviços semelhantes ou estritamente relacionados a uma mesma gama de potenciais consumidores. Mas com perfis demográficos e psicológicos diferenciados, com relação às necessidades, vontades, anseios ou exigências.
O fato de o Brasil, nos últimos anos, ter sediado megaeventos como os Jogos Pan-Americanos, em 2007, os Jogos Mundiais Militares, em 2011, a Copa do Mundo da FIFA, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016, tem ajudado a fomentar o desenvolvimento da gestão esportiva, tanto na área profissional quanto na acadêmica.
Os doutores Ary José Rocco Júnior, professor e pesquisador da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, e Leandro Mazzei, docente do curso de Ciências do Esporte da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp, definem gestão esportiva como a utilização e aplicação de diferentes conhecimentos provenientes.
Gestão no esporte
Principalmente das Ciências do Esporte e da Administração, no gerenciamento das diferentes atividades e organizações existentes e que envolvem o fenômeno esporte.
Essa definição está contida no trabalho de ambos os docentes, intitulado “Um ensaio sobre gestão do esporte: um momento para sua afirmação no Brasil”. Publicado na Revista de Gestão e Negócios do Esporte, em 2017.
A figura do gestor esportivo é fundamental no universo da gestão esportiva. Sua atuação é multidisciplinar, com domínio de diferentes áreas do conhecimento, como administração, finanças, eventos, RH e marketing.
Seja em um clube, federação ou em um evento, é ele quem executa todo o planejamento, estabelecendo metas e objetivos de curto, médio e longo prazo. E, além disso, analisa o mercado para buscar novas oportunidades.
É, também, o responsável por promover a imagem da organização, incluindo a dos atletas. Essa relação, principalmente com os mais jovens, é fundamental na formação profissional. Pois promove valores, como o fair play, ética, respeito e trabalho em equipe, tão escassos nos dias de hoje.
Portanto, pode-se afirmar que os gestores esportivos desempenham papel fundamental na administração e organização de atividades relacionadas ao mundo dos esportes.
Esses profissionais demonstram habilidades de liderança e comunicação eficazes, capacidade na tomada de decisões, além de um profundo conhecimento do mercado esportivo e suas tendências.
Enfim, pode-se utilizar a frase do economista americano Paul Hawken, que resume de maneira simples e precisa a atuação de um gestor ao dizer que: “Boa gestão é a arte de tornar os problemas tão interessantes e suas soluções tão construtivas que todos vão querer trabalhar e lidar com eles”.
Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo.