
O Espírito Santo deve atrair R$ 98 bilhões em investimentos nos próximos anos, distribuídos pelas dez microrregiões capixabas. Nesse sentido, a projeção foi apresentada durante o CEO Meeting, promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo (Ibef-ES), com a presença de lideranças empresariais e representantes do poder público.
“Estamos falando de investimentos históricos, com destaque para setores como petróleo e gás, urbanização, café e infraestrutura”, afirmou Pablo Lira, presidente do Instituto Jones dos Santos Neves. Do mesmo modo, ele destacou o crescimento do PIB capixaba, de 3,45% em 2024, e o bom desempenho em competitividade e transparência.
Realizado com o apoio de grandes mantenedores, o CEO Meeting teve abertura conduzida por Alecsandro Casassi, presidente do Ibef-ES. Do mesmo modo, ele reforçou o caráter técnico e apartidário do instituto. “O Ibef constrói um legado baseado em conteúdo qualificado, servindo como fonte confiável de informação”, declarou.
Já Everson Fraga, diretor de Conteúdo Técnico, ressaltou a importância de debater temas estruturantes. “Qualificação da mão de obra, retenção de talentos e transformação digital são centrais para que o Espírito Santo continue gerando valor social e econômico”, disse.
Investimentos defendidos no encontro do Ibef
Durante o evento do Ibef, Munir Abud, presidente da Cesan, detalhou o plano da companhia para universalizar o saneamento básico até 2033. “Já atendemos toda a população de Guarapari com água potável, mesmo no pico do verão, e vamos construir a maior usina de dessalinização do Brasil”, anunciou. Do mesmo modo, ele mencionou o leilão para concessão do esgotamento sanitário em várias cidades.
No setor mineral, Sérgio Mileipe, diretor da Samarco, falou sobre a repactuação das indenizações do rompimento da barragem de Mariana e destacou o investimento de R$ 100 bilhões para os atingidos. “Nosso compromisso é com mão de obra local e com a geração de emprego e renda no Espírito Santo”, disse o encontro do Ibef.
O economista Orlando Caliman, da Futura, alertou para gargalos no mercado de trabalho, relacionados à baixa qualificação da mão de obra. “As dores do futuro começam na base educacional. Precisamos de políticas estruturantes e educação de qualidade”, afirmou.
No painel sobre força de trabalho durante o meeting do Ibef, representantes da ArcelorMittal, Vale e Suzano apresentaram soluções voltadas à capacitação e à diversidade. “Parcerias com o Sesi têm sido fundamentais”, afirmou Jorge Oliveira, da ArcelorMittal. Rodrigo Ruggiero, da Vale, destacou a necessidade de adaptação às novas gerações.