
*Artigo escrito por Nadia Moreira, professora, coordenadora do programa acadêmico de Pós-Graduação da Fucape e membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Inovação e Tecnologia do Ibef-ES.
A inteligência artificial deixou de ser uma promessa futurista para se tornar uma realidade transformadora nos negócios. Um estudo feito por pesquisadores Harvard, Wharton e MIT, em 2023, mostra que líderes que dominam IA são 40% mais produtivos.
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Este cenário não representa apenas uma oportunidade, mas uma necessidade urgente para manter a competitividade no mercado atual.
Entre as soluções prontamente utilizáveis, destaca-se o ChatGPT para geração de textos e apoio em comunicação; o Microsoft Copilot, integrado ao Office; o Salesforce Einstein, voltado a decisões comerciais baseadas em dados; o Tableau com IA, para análise de dados em linguagem natural; e o UiPath, especializado em automação de processos.
Essas ferramentas não exigem programação e podem ser adotadas com apoio de TI ou consultorias.
Para que a implementação de novas tecnologias com IA seja bem-sucedida ela depende de cinco pilares: (i) deve envolver o uso parte dos C-levels, (ii) fazer parte da estratégia e cultura organizacionais, (iii) vir com a capacitação das lideranças, (iv) incentivo a cultura de experimentação com tolerância ao erro e (v) uma estrutura de governança que assegure ética, transparência e qualidade dos dados e resultados.
IA em ambientes corporativos
Apesar do potencial transformador da inteligência artificial, sua adoção em ambientes corporativos enfrenta obstáculos relevantes. Resistência cultural, déficit de competências, infraestrutura de dados deficiente e incertezas regulatórias compõem o cenário de risco.
Mitigar esses fatores exige atuação direta da liderança com comunicação clara, treinamento dirigido e projetos-piloto de curto prazo que comprovem valor.
A liderança executiva que compreende e adota a IA de forma estratégica posiciona sua organização à frente. A tecnologia não substitui a capacidade de liderança, mas amplia seu alcance e sua eficácia.
O futuro da gestão dependerá não de quem mais conhece IA, mas de quem consegue integrá-la com discernimento, responsabilidade e foco em resultados.
Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo.