*Artigo escrito por Gil Andriani, CEO da IaCrypto e membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Inovação e Tecnologia do Ibef-ES.
Conectar empresas de forma estratégica tornou-se o elemento decisivo para a competitividade no mercado atual. Segundo estudo recente da McKinsey, empresas com redes de negócios bem estruturadas têm 20% mais chances de alcançar crescimento sustentável do que aquelas que permanecem isoladas.
Empresas isoladas enfrentam limitações claras, como dificuldade em acessar novos mercados e baixa capacidade de inovação conjunta. Já aquelas inseridas em redes intencionais desfrutam de acesso facilitado a recursos essenciais, o que impulsiona o crescimento e inovação tecnológica.
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A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reforça essa tese, destacando que empresas conectadas estrategicamente aumentam sua produtividade em até 15%.
A criação dessas conexões, contudo, exige atuação especializada. Instituições como câmaras de comércio, incubadoras e aceleradoras deveriam estar no centro desse processo, identificando sinergias e estabelecendo conexões relevantes.
Porém, são raras as que possuem metodologias robustas para medir e avaliar os resultados dessas redes.
Conexões empresariais
Um exemplo destacado é a iniciativa Abfitech, que promove conexões empresariais com métricas claras. A instituição registra aumento médio de 25% no faturamento das empresas participantes após integrarem suas redes estruturadas de negócios.
Métodos como esses deveriam servir de referência para demais organizações interessadas em fomentar competitividade e desenvolvimento.
Consequências da estratégia
Adicionalmente, segundo o Fórum Econômico Mundial, empresas que adotam metodologias eficazes para avaliar o impacto das conexões estratégicas conseguem sustentar maior relevância no mercado global. Isso reforça a importância não apenas da conexão, mas também da capacidade de mensurá-la com precisão.
Investir em conectividade estratégica não representa somente um benefício econômico direto, mas também um impulsionador de transformação social e tecnológica. Ao estimular interações estruturadas, cria-se um ambiente propício à inovação que transcende as empresas diretamente envolvidas, o que beneficia toda a economia local e regional.
Conectar-se estrategicamente deixou de ser opcional e tornou-se uma urgência. Cabe a cada elo dessa rede – sistemas de incubação, Sebrae, governos e demais stakeholders – assumir o protagonismo necessário para construir um ecossistema empresarial verdadeiramente competitivo e sustentável.
Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo.