Artigo Ibef-ES

É óbvio, mas precisa ser dito

Viver mais não significa viver melhor; existem hábitos essenciais para garantir um envelhecimento funcional e saudável

Foto: Freepik
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*Artigo escrito por Fábio Pimenta, cirurgião plástico e médico do exercício, professor titular da UVV e do Instituto Paciléo em SP, membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Empreendedorismo e Gestão do Ibef-ES.

A melhoria das condições de vida e os avanços da Medicina levaram ao aumento da expectativa de vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, a população 60+ duplicará, chegando a 2,1 bilhões, enquanto a população 80+ quase quadruplicará, chegando a 426 milhões. As pessoas estão vivendo mais, entretanto, não estão vivendo melhor.

O envelhecimento biológico é caracterizado por alterações no metabolismo celular, que se manifestam em diversas condições de saúde complexas, com impacto na saúde pública. O ambiente e o estilo de vida, incluindo fatores como dieta e atividade física, parecem desempenhar um papel fundamental no envelhecimento saudável. É o que a ciência vem demonstrando.

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O maior segredo para não envelhecer, é morrer jovem! Não encontramos indivíduos que queiram envelhecer de maneira a depender da colaboração de terceiros para desenvolver funções básicas como alimentar-se, higienizar-se, vestir-se, tomar um banho de sol.

Todos querem envelhecer tendo mantida sua capacidade funcional. A pergunta é: o que você está fazendo, hoje, para que seu envelhecimento seja funcional? Se a resposta for “nada ou muito pouco” ou “depois eu penso nisso”, suas chances para esse desfecho trágico são enormes! 

Doenças crônico-degenerativas

Se levarmos em conta a possibilidade de associações, por exemplo, carga de trabalho excessiva, estresse descontrolado, noites mal dormidas, presença de doenças metabólicas como obesidade, diabetes, pressão alta, são aceleradores do processo de envelhecimento.

Essas situações aumentam a probabilidade do desenvolvimento de outras doenças crônico-degenerativas, como artrite, doenças autoimunes, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas, inflamação crônica e câncer. As doenças que mais ceifam vidas no planeta, na atualidade. Coincidência? Não, leniência.

Envelhecer

Portanto, indivíduos de qualquer idade, com atenção especial ao envelhecimento, podem se beneficiar de exercícios físicos (planejado, repetido, estruturado e com objetivos específicos, como melhorar a força, a resistência, a flexibilidade ou o equilíbrio), ao longo do tempo, para neutralizar os efeitos negativos e a toxicidade do envelhecimento, além de reduzir o risco de mortalidade por todas as causas, sarcopenia, dinapenia, doenças crônicas e morte prematura.

A associação de medidas simples, como alimentação adequada à sua condição (e não a dieta da moda), correção com antioxidantes (se indicados para você), modificações no estilo de vida (adaptado à sua realidade), controle do estresse, melhoria do padrão de sono, não fumar, não consumir álcool (não existe dose mínima saudável), podem potencialmente ajudar a mitigar os efeitos negativos do estresse oxidativo/nitrosativo e melhorar a saúde geral e a longevidade.

Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo.

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