Foto: Freepik
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*Artigo escrito por Eric Alves Azeredo, professor, executivo, advogado, CEO da AZRD e líder do comitê qualificado de conteúdo de empreendedorismo e gestão do Ibef-ES.

A pandemia do coronavírus obrigou as escolas a pensarem em alternativas de ensino que pudessem compensar, em parte, o prejuízo causado pela paralisação das atividades escolares.

As mudanças implantadas serviram para transformar o setor. Abrindo novos horizontes e criando a possibilidade de enxergar o futuro com uma educação mais inclusiva, dinâmica e bem como conectada.

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Mas é preciso que se faça uma reformulação mais profunda no ensino. Como a adoção de metodologias que transportem o conteúdo teórico para a prática do dia a dia.

Para isso é necessário que tenham ligação direta com a vida e mostrem claramente aos jovens que nenhuma mudança considerável pode acontecer no mundo sem a educação.

Países como exemplo na educação

Alguns países europeus e asiáticos já adotaram essas mudanças em seus currículos escolares. Entre eles, a Finlândia, que figura há anos no “top five” da educação mundial.

Com foco no bem-estar e desenvolvimento socioemocional, a educação finlandesa prioriza a participação dos alunos no processo ensino-aprendizagem. Lá, resolvem problemas e avaliam seu aprendizado com base em metas estabelecidas.

Os currículos enfatizam competências como o aprender a aprender, interação e autoexpressão. Além disso, valorizam o desenvolvimento de habilidades práticas que os alunos utilizarão ao longo da vida. Entre eles, o empreendedorismo, participação, envolvimento e bem como uma criação de um futuro sustentável.

Ao conectar empreendedorismo à educação, redes, escolas e educadores têm a oportunidade de adotar práticas pedagógicas dinâmicas, ativas e criativas.

Dessa forma, essa dinâmica prevê o desenvolvimento de competências e habilidades, como criatividade, resolução de problemas e trabalho em equipe. Esses quais, dificilmente são desenvolvidos durante uma aula expositiva tradicional.

Educadores em foco

Nesse sentido, a professora Débora Garofalo, primeira mulher brasileira e primeira sul-americana a ser finalista no Global Teacher Prize, considerado o Nobel da educação, sugere que os educadores sejam estimulados a trabalhar com práticas que valorizem a autonomia e despertem o interesse dos estudantes, e que, independentemente do caminho que o professor escolher, sem dúvida as metodologias ativas precisam estar presentes.

E concluiu dizendo que: “além de promover uma educação empreendedora, é importante conectar as práticas com o projeto de vida dos estudantes. Precisamos fazer essas crianças sonharem dentro da escola”.

Finalizo com as palavras de Kátia Smole, que ocupou o cargo de Secretária de Educação Básica do Ministério da Educação quando homologaram a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em 2018.

“Na medida em que você precisa ajudar o jovem a constituir o seu projeto de vida e a ter ferramentas para colocar esse projeto em marcha durante e após a escola, você precisa entender que empreender não está relacionado apenas a uma questão de ter ou não o próprio negócio. Estamos falando de atitudes empreendedoras, como planejar e mapear os recursos necessários para colocar o seu projeto de vida em prática”.

Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo.

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