Foto: Freepik
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*Artigo escrito por Yuri Porto Nico, sócio e COO da Bbutton Ventures, líder do comitê qualificado de conteúdo de inovação e tecnologia do Ibef-ES

As empresas brasileiras passaram por uma onda de amadurecimento na gestão da inovação, tornando o esforço inovativo parte essencial para atingir objetivos estratégicos. O estudo “O Futuro da Gestão da Inovação 2025”, da Inventta, mapeou os principais objetivos de inovação atuais das empresas.

Comparando o estudo de 2023 com o mais recente, percebe-se uma mudança importante. Antes voltadas ao crescimento de receita, agora as estratégias priorizam reduzir custos e otimizar processos.

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Essa tendência é reforçada pelos principais desafios à inovação. Dentre elas, a pressão por resultados de curto prazo e falta de orçamento e tempo do time interno para executar a estratégia de inovação.

Nas empresas médias, o desafio de operacionalizar uma estratégia de inovação é ainda maior. Assim como nas grandes, o foco tem sido a eficiência do core business. Mas a sobrecarga operacional e a dificuldade de mobilizar equipes tornam esse processo ainda mais complexo.

Nessas empresas, a inovação precisa demonstrar valor rapidamente para sustentar investimento até gerar ganhos substanciais.

Por isso, em um cenário de pressão por resultados, juros altos e capital caro, muitas têm deixado em segundo plano projetos voltados a novas oportunidades de negócio, priorizando iniciativas incrementais focadas em eficiência e no core business.

Inovação

Projetos de melhoria contínua voltados à inovação incremental têm sido a principal estratégia para lidar com a escassez de recursos e tempo, mas as empresas médias não se limitam aos recursos internos.

Segundo o estudo “O Futuro da Gestão da Inovação”, o uso de parcerias tem sido uma prática relevante para desenvolver soluções. Compartilhando riscos e conhecimento com o mercado.

A inovação aberta, já comum entre as grandes empresas, tem se tornado essencial para que as médias acelerem seus projetos.

O uso de recursos externos, como a expertise de startups e pesquisadores de universidades e institutos, aliado a linhas de fomento como as da Finep e da Fapes, tem permitido a essas empresas acesso a tecnologias antes restritas às grandes.

Num mercado em que prevalece uma postura defensiva, com foco em eficiência e proteção do negócio principal, empresas médias que definem uma estratégia clara de inovação conectada ao core business conseguem garantir orçamento e acesso a fomento.

Mais do que viabilizar projetos, essa abordagem permite alcançar resultados sustentáveis. Além de galgar projetos mais ambiciosos e até voltar olhar para o crescimento e novas oportunidades de negócio.

Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo.

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