
*Artigo escrito por Eric Alves Azeredo, professor, executivo, advogado, CEO da AZRD e líder do comitê qualificado de conteúdo de empreendedorismo e gestão do Ibef-ES.
O sucesso de mulheres ex-atletas no mundo dos negócios é mais facilmente alcançado quando se procura levar para o empreendedorismo tudo aquilo que o esporte lhes proporcionou de positivo.
A dedicação, a disciplina, o foco, a resiliência e, principalmente, a mentalidade vencedora são os pontos principais que ligam a futura empresária à antiga desportista.
Leia também: Como é viver com a Selic a 15% no Espírito Santo?
Algumas se tornam empreendedoras pelo fato de observarem lacunas no mercado, no esporte em que atuaram, como aconteceu com a ex-nadadora Fabíola Molina.
Especialista no nado de costas, tendo conquistado uma série de medalhas em Jogos Pan-Americanos, Campeonatos Sul-Americanos e Campeonatos Brasileiros, Fabíola criou, em 2004, quando ainda participava de competições oficiais, sua própria marca de trajes de banho, ao sentir a necessidade de confeccionar maiôs mais confortáveis e coloridos.
Horas a fio dentro da água fizeram-na perceber que os trajes usados nas competições tinham pouca durabilidade, além da falta de opções de cores. Em geral, as estampas eram azuis ou pretas. Hoje, a marca Fabíola Molina é uma realidade e é vendida em mais de 50 países.
Inovação dentro e fora do ambiente esportivo
Outras atletas, no entanto, fizeram aflorar seus espíritos empreendedores em ramos diferentes de sua prática esportiva.
É o caso da atleta olímpica da seleção brasileira de vôlei, medalhista de prata nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020, Rosamaria Montibeller, que fechou uma collab com a empresa Jamming Joias para lançar uma coleção inspirada na vida e na carreira da atleta.
Composta por cinco peças minimalistas, ou seja, com estilo voltado para a simplicidade, a coleção traz, entre os elementos centrais, a Rosa dos Ventos. Em alusão ao seu nome, e a pedra verde, representada pelo Crisoprásio, que faz referência aos olhos verdes da jogadora.
Assim como Rosamaria, que preferiu atuar em um ramo de negócios diferente de sua atuação esportiva, a tenista russa Maria Sharapova, ex-jogadora profissional e ex-número 1 do ranking da Women’s Tennis Association (WTA), lançou sua própria marca de doces, a Sugarpova. Trata-se de uma coleção de produtos, de balas e chicletes, com formatos de bolinhas de tênis.
O legado esportivo que impulsiona o mundo dos negócios
Outro exemplo de empreendedora vitoriosa é a também ex-tenista argentina-italiana Gabriela Sabatini, consagrada como a maior tenista da história da Argentina.
No final da década de 1980, lançou a fragrância Gabriela Sabatini, que foi um dos primeiros perfumes estrangeiros comercializados no Brasil e tem se mantido na lista dos dez perfumes mais vendidos até hoje. Segundo informações da Procter & Gamble (P&G), transnacional americana de bens de consumo.
Enfim, são inúmeros os exemplos de ex-atletas, em diferentes modalidades de esporte, que se tornaram empresárias de sucesso.
A determinação, a superação de desafios, o comprometimento e o planejamento estratégico usados quando atletas serviram certamente para impulsionar o perfil dessas mulheres empreendedoras de sucesso.
Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo.