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O novo cenário de competitividade para empresas no ES

Espírito Santo acelera investimentos e políticas para transformar inovação em motor de competitividade até 2030

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Foto: Freepik
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*Artigo escrito por Yuri Porto Nico, sócio e diretor-executivo de operações da Bbutton Ventures, líder do comitê qualificado de conteúdo de inovação e tecnologia do Ibef-ES

Com as mudanças cada vez mais rápidas, seja pela tecnologia ou por instabilidades políticas e econômicas, os diferenciais competitivos das empresas têm se tornado transitórios.

Por esse motivo, o investimento em inovação deixou de ser uma vantagem das grandes empresas e passou a ser uma questão de sobrevivência para qualquer negócio que queira se manter eficiente, relevante e competitivo.

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Avanço nos indicadores de competitividade

Enxergando esta necessidade em 2019, o MCI – Movimento Capixaba pela Inovação, reuniu mais de 30 entidades. Os representantes do setor privado, público e de instituições de ensino, o que definiu ações para tornar o estado do Espírito Santo um dos 5 mais inovadores do Brasil até 2030.

Um grande desafio, considerando que o estado ocupava a 24ª posição no pilar Inovação do Ranking de Competitividade dos Estados naquela época.

Em 2024, o estado passou para 13ª posição; porém para ser relevante e competitivo em inovação no cenário nacional será necessário manter e intensificar os esforços em políticas públicas, investimentos em ciência e tecnologia. Além de fortalecimento do ecossistema de inovação do estado.

Investimento público robusto para 2025

O governo do Estado, ciente do desafio, anunciou para 2025 um volume expressivo de mais de R$ 200 milhões. Todos voltados para editais de fomento à inovação, pesquisa e formação de capital humano.

Nesse sentido, além de bolsas e do fomento ao fortalecimento das instituições de ensino e pesquisa, esse recurso disponibilizado pela Fapes (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo) está destinado diretamente ao desenvolvimento da inovação nas empresas.

Além disso, um dos destaques é o edital Nova Economia Capixaba, que financia projetos de até R$ 3 milhões em parceria entre empresas e ICTs locais. Um passo importante para aproximar o conhecimento científico da realidade do mercado.

O interesse do setor privado também cresceu. Somente em 2024, empresas capixabas captaram mais de R$ 100 milhões por meio da linha Finep Inovacred. O que coloca o estado entre os seis maiores do país nesse quesito.

No primeiro semestre de 2025, outros R$ 48 milhões já haviam sido liberados, indicando um claro amadurecimento do empresariado quanto ao uso de recursos incentivados para inovar.

Oportunidade concreta para os empresários

Apesar dos desafios ainda existentes, os avanços são notáveis. O Espírito Santo ocupa hoje o 6º lugar geral no Ranking de Competitividade dos Estados. Bem como, está liderando em Solidez Fiscal, sendo o 2º em Infraestrutura e o 7º em Educação. Esse ambiente favorável atrai investimentos e reforça a mensagem de que inovar é mais do que possível: é estratégico.

O Espírito Santo criou um terreno fértil para que a inovação se torne uma aliada real das empresas de todos os tamanhos. Os recursos humanos e financeiros estão disponíveis e o ecossistema amadurece.

Por fim, cabe agora aos empresários enxergar esse movimento como uma oportunidade concreta de crescimento. Em um cenário em que a estagnação custa caro, inovar deixou de ser aposta e passou a ser investimento necessário para a sobrevivência.

Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo.

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