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Turismo sustentável no ES: inovações para um futuro responsável

Turismo sustentável tem ganhado destaque global, refletindo uma mudança significativa nas preferências dos viajantes

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Convento da Penha. Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

*Artigo escrito por Nadia Moreira, professora, coordenadora do Programa Acadêmico de Pós-Graduação da Fucape e membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Inovação e Tecnologia do Ibef-ES.

O conceito de turismo sustentável surgiu por volta da década de 1980, com uma preocupação com os impactos do turismo nos destinos visitados. Ele incorpora responsabilidades que incluem não só o meio ambiente local, mas também responsabilidades sociais, culturais e econômicas.

Desde então, o turismo sustentável tem ganhado destaque global, refletindo uma mudança significativa nas preferências dos viajantes.

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Em 2024, a cidade de Vila Velha, no Espírito Santo, conquistou o prêmio de Destino de Turismo Inteligente da América Latina, graças à adoção de práticas inovadoras que beneficiam tanto residentes quanto turistas.

Outro exemplo é o Parque do Forno Grande, que tem como proposta levar a experiência das montanhas capixabas a quem jamais conseguiria caminhar por elas, utilizando a realidade virtual para proporcionar uma vivência realista e interativa para pessoas com mobilidade reduzida.

Esse tipo de iniciativa destaca quantas experiências incríveis ainda são negadas a tantas pessoas por falta de acessibilidade, e como a tecnologia pode ser uma aliada poderosa para mudar isso.

Avanço do turismo sustentável

Além das inovações tecnológicas, políticas públicas também têm evoluído para o avanço do turismo sustentável no estado.

Em 2023, o governo do estado instituiu a política de turismo sustentável com a Lei nº 11.970/2023 e o Programa Estadual de Desenvolvimento Sustentável das Unidades de Conservação (PEDUC), que tem como objetivo promover o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis e a preservação ambiental, especialmente no setor turístico.

A proposta inclui a implementação de infraestruturas como teleféricos, tirolesas, glampings, bangalôs e restaurantes, visando fomentar o ecoturismo e o turismo de aventura, além de melhorar a acessibilidade e os serviços oferecidos aos visitantes.

Essas iniciativas não apenas fortalecem a imagem do Espírito Santo como destino turístico responsável, mas também geram oportunidades econômicas, com impacto direto na geração de empregos e no estímulo ao empreendedorismo local.

Potencial turístico

Em conversas com profissionais do setor, é comum ouvir que a infraestrutura ainda não acompanha o potencial turístico do estado. E, de fato, basta visitar alguns pontos turísticos para perceber que o básico, como saneamento e acessibilidade, ainda está longe do ideal.

Além disso, é preciso incentivar o uso de meios de transporte sustentáveis, promover ações de conscientização para moradores e turistas, e integrar de forma mais efetiva as políticas públicas às demandas dos territórios.

De acordo com o Relatório de Viagens Sustentáveis de 2024 da Booking.com, 75% dos viajantes globais expressam o desejo de viajar de forma mais sustentável nos próximos 12 meses.

Essa tendência representa uma oportunidade estratégica para o Espírito Santo se posicionar como um destino turístico sustentável. Mas, para isso, é preciso transformar intenções em ações — com estratégia, inclusão e inovação.

Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo.

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