Economia

IBGE aponta tendência de redução da população ocupada

IBGE aponta tendência de redução da população ocupada IBGE aponta tendência de redução da população ocupada IBGE aponta tendência de redução da população ocupada IBGE aponta tendência de redução da população ocupada

Rio – A taxa de desemprego em abril aumentou de forma significativa em relação a igual mês de 2014, e a tendência de redução da população ocupada está por trás disso, afirmou nesta quinta-feira, 21, Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sem encontrar trabalho, essas pessoas têm engrossado a chamada população desocupada – formada por indivíduos que estão na fila por um emprego.

Em abril deste ano, a taxa de desemprego ficou em 6,4%, contra 4,9% em igual mês de 2014. “O aumento da taxa veio justamente do crescimento da população desocupada. Associada a isso há uma tendência de redução da população ocupada, além do menor crescimento dos inativos”, disse Adriana.

A população desocupada aumentou em 384 mil pessoas em base anual, alta de 32,7% em relação a abril do ano passado – o maior avanço neste tipo de comparação em toda a série da Pesquisa Mensal de Emprego, iniciada em março de 2002. Já a população ocupada diminuiu 0,7%, o que representa um corte de 171 mil vagas. A população inativa, por sua vez, cresceu apenas 0,4% (70 mil pessoas).

A técnica do IBGE lembrou que antes a população não economicamente ativa crescia em ritmo mais rápido devido ao desinteresse de jovens e mais idosos por trabalhar, possivelmente respaldados pelo crescimento do rendimento da família. “Agora, existe tendência de redução do rendimento, e o avanço dos inativos é menor. Podem ser fatores ligados entre si. É uma hipótese”, comentou.

O rendimento médio real teve, em abril, a terceira queda seguida, tanto na comparação mensal quanto anual. Contra março, a redução foi de 0,5%, enquanto em relação a abril do ano passado a renda média encolheu 2,9%.

Diante disso, há dois movimentos que “abastecem” a maior procura por emprego e pressionam o mercado de trabalho, frisou Adriana. “A população desocupada é abastecida tanto por pessoas que perdem trabalho quanto por pessoas que antes não estavam procurando e agora passam a procurar”, explicou.